★꙳⭑ 사랑의 표시 . 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐒𝐈𝐆𝐍꙳ .. ✩ !!

017.┃INVERNO, ESCURIDÃO E O FIM

XVII

. INVERNO, ESCURIDÃO E O FIM .

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Sentados em um banco ao redor na pequena varanda fechada no centro do hospital, Morte ainda estava a vestir sua roupa de paciente -Seus pés estavam quentes devido a plumas da pantufa clara-. O casal de amantes estavam sentados um ao lado do outro, Desgraça possuía suas pernas cruzadas e suas mãos recolhidas à cima das coxas, Morte estava ao seu lado, sentada de forma confortável, enquanto lançava um olhar curioso ao homem ao seu lado.

― A culpa é toda minha ― Desgraça declarou de repente, atraindo ainda mais a atenção da loira ― As suas flores que não floresciam, quando a jarra de vidro caiu e cortou seu pé, toda sua tristeza e, agora, o seu desmaio. Tudo ― Explicou enquanto lutava contra si mesmo, tinha ódio de si mesmo. 'Incapaz de fazer bem à única pessoa que tentou ajuda-lo em sua existência toda, um inútil'. Era assim que Desgraça se via ― Apenas a minha existência já causa toda a sua 'desgraça.

― Quer saber? Você precisa muito de umas aulas de oratória. Você fala igual à um jogo de palavras cruzadas ― Bufou, não entendo aonde Desgraça queria chegar', já sabia para que' e o quê servia os poderes de Desgraça, sabia qual era seu trabalho ― Me dê dicas se for falar assim. Horizontal ou vertical? ― Suspirou ― Me 'deixe adivinhar então. Porque você é o inverno, a escuridão e o fim? ― A loira questionou.

― Exato ― Concordo cortando o contato visual, não era capaz de encarar o gratificante céu estrelado de seus olhos escuros.

― Ei! ― A Ceifadora chamou sua atenção, em busca de faze-lo olhar em sua direção ― Eu gosto do inverno. Adoro a noite. Também gosto do fim ― Lhe ofereceu um olhar gentil, e atraiu o olhar curioso do homem ao seu lado, que a observava com ternura, era a primeira vez que ouvia palavras tão gentis ― Em outras palavras, a primavera, a manhã e o começo também acontecem por sua causa. Você pode ser meu sofrimento, mas também é a minha felicidade. Então, eu fico brava quando eu sofro, mas eu fico muito bem quando eu to' feliz ― Sorriu desviando do olhar do rapaz ― Não gosto muito da chuva, mas ela é necessária... Vá e diga que é assim.

― 'Dizer pra quem? ― Questionou confuso.

― A quem te expulsou da minha vida pra minha vida... A culpa não é sua. Foi eu que pedi a Deus que te' criasse, se ela procura alguém a culpar que culpe a mim. Vá e a diga que falei isso... Olha! Eu aceitei, não é? ― Sorriu, quebrando o silêncio melancólico e emocional que havia à alguns minutos atrás ― Horizontal ou vertical, eu aceitei, né? Eu acertei em cheio.

Desgraça, então, sorriu fechado. Achando fofo' e engraçado de como Morte simplesmente poderia mudar o clima e o andar de suas' conversas. O homem levou suas mãos ao cabelo da moça, em busca de um toque mais físico -Que nem mesmo sabia que procurava-

― Opa! ― Negou levando suas mãos aos cabelos em um ato repentino ― Nem tenta isso. É isso que os homens fazem quando querem alguma coisa. Não vem com essa não.

Desgraça continuou a sorrir, e abaixou sua mão retirando-a de perto do rosto da moça.

― Ei! Eu... ― A Loira parou de falar de repente, sentindo um zumbido irritante em seus ouvidos. A jovem buscou anular o barulho levando as mãos aos seus tímpanos.

Desgraça observou o desespero que estava instalado nos olhos da Ceifadora, seu sorriso caiu de repente. O homem se virou para a loira e ergueu suas mãos ao rosto da moça, procurando vê-la se estava bem. Quando, então, bastou um único toque para Morte' sumir de sua frente.