A Noite Do Diabo - Jikook

1. Pobre Garoto

Desde que o mundo parece ter sido dividido entre o bem e o mal, o céu e o inferno, a terra tem sido um elo, um elo onde tudo oque você pratica nela pode lhe garantir uma eternidade de descanso e calmaria passeando por entre nuvens fofas e sem preocupações ou uma eternidade de lamentos, agonia e sofrimento.
Apesar desta ideia ser radical para aqueles que em nada acreditam, ela vem sendo seguida desde que o mundo é mundo. Durante toda a história existem relatos de santos, entidades, criaturas, espíritos e tem até quem diga que um simples ser humano foi capaz de interceder pelos seus, pelo seu povo e por amor a eles, padecer. Bem, se esses relatos são reias ou não já não existem provas além das velhas escritas de supostas testemunhas de tais atos milagrosos.

E mesmo nesse meio onde nada de fato é concreto e quase tudo se baseia em suposições e crenças em histórias que a muito se passaram, pode-se encontrar pessoas que creem piamente neste ser de tamanha benevolência e luz, capaz de tudo e mais um pouco pelo simples fato de amar a humanidade. E foi no seio de uma família religiosa e fervorosa que Jeon JungKook nasceu.
Jeon foi uma criança comum, sem muitos bens pois seus pais achavam que o ostentar de bens os afastavam de Deus todo poderoso, mas em sua grande maioria sua infância foi comum. Claro, se levarmos em conta que o "comum" nesse caso era uma criança sem amigos e sempre dentro de uma igreja louvando aquele que seus pais tinham plena convicção que um dia voltaria.

E assim ele foi crescendo, sempre ouvindo em como ajudar o próximo os aproximavam de Deus, de como se ele fosse um bom garoto ele garantiria um bom lugar ao lado do Grandiso Pai quando sua hora chegasse. E foi criando seu filho assim que seus pais não tiveram muito trabalho.
Mas se engana quem pensa que o jovem Jeon só vivia desse modo por ser obrigado por seus pais, não, não era isso, ele também sentia dentro de si uma vocação crescer a cada dia, a cada comunhão que recebia e a cada palavra que ouvia daquele homem com a batina impecável em pé no altar e falando sobre o amor de Deus. Cada palavra o tocava de forma diferente e tão bela.

Por isso que quando atingiu certa idade o jovem rapaz conversou com seus pais e os orgulhou muito ao dizer que pretendia entrar para o um curso superior e após isso ingressar sua jornada em seu caminho como celibatário e futuro padre. Com apoio de seus pais, óbvio, o jovem conseguiu oque queria, passando com louvor em sua formação de administrador e em seguida se tornando o mais novo padre de uma pequena cidade vizinha. Era realmente uma pequena cidade, mas ela era extremamente acolhedora, assim que souberam do novo padre todos se reuniram para recebe-lo e parabenizá-lo.

Oque muitos não esperavam era que o padre fosse um hoemm forte, para quem visse de longe, viril e jovem, muito jovem. Não que existisse idade para se virar padre e sim que a cidade estava acostumado com o antigo padre. O padre Anji era um senhor baixinho na casa dos 70 e não um jovem alto de cabelos e olhos negros na casa dos 23 anos.
Mas mesmo com o choque inicial a cidade lhe acolheu e o jovem padre acolheu a cidade, fazendo dela seu lar e de seu povo, sua família. E ele não poderia estar mais feliz, pois mesmo depois de 4 anos naquela cidade ele se sentia plenamente feliz ao ajudar aqueles que precisavam de si, de apoio ou uma direção. Ele exercia com mestria sua vocação

- Padre me perdoe pois eu pequei.

A voz da jovem tinha um tom choroso do outro lado do confessionário escuro onde uma camada fina de madeira a separava do padre que lhe ouvia com atenção e sem intenção de julgamentos.

- E como foi que caíste em tentação criança?

Apesar da pouca idade, Jeon agia de forma extremamente firme e respeitosa com seus fiéis, afinal todos eram filhos de Cristo e não passavam de crianças aprendendo com seus erros.

- Eu sou...sou noiva padre.

Ela suspira e da uma fungada.

- Sou noiva mais não o amo padre. Não o amo, eu amo outra padre e..