A Noite Do Diabo - Jikook

7. Dia Seis

Mais uma noite mal dormida, mais uma noite em que sua mente lhe traia e lhe levava a pensar naquele que estava roubando todos os seus pensamentos e noites de sono. Mais uma noite em que a culpa pesava tanto em seu peito quanto o desejo. Mas mesmo sendo como quase todas as suas noites depois que conheceu Jimin, a noite passada havia sido única, pois nela Jeon se deixou levar por seus instintos, seus desejos, sua febre e seu pecado chamado Park Jimin. Jeon havia se tocado, se tocado e ido até o fim, se desfez de vez do pudor e do medo de ferir sua santidade, pelo menos por um tempo, e se permitiu sentir algo novo, e por Deus, ele gostou, e como gostou.

Se culpou por isso depois, se martirizou por ter feito algo que julvgava não ser bem visto aos olhos de Deus Pai, mas mesmo a culpa e o medo de ser julgado e não quisto pelo Criador apagavam de si as sensações que seu toque quente em seu pau duro lhe causaram, nada disso apagava a maravilhosa e quente sensação de ter gozado com a imagem de seu pequeno fiel em sua mente enquanto proferia seu nome santo de maneira ofegante e arrastada. Se sentia sujo, nojento e se perguntava como conseguiu descer tão baixo para se tocar pensando em um menino, mas lá no fundo, por mais que não quisesse admitir, ele se sentia realizado, satisfeito e imaginava como seria ter a mão pequena e gordinha substituindo a sua. Por isso em seu desespero Jeon se encontrava ainda em sua cama, não se sentia digno de realizar a missa da manhã, na verdade não se sentia digno e limpo para realizar mais nada em nome de Deus, não sabia como olharia para seus fieis depois do que fez, tinha medo que sua língua queimasse ao proferir as palavras das sagradas escrituras, e acima de tudo tinha medo de como reagiria ao ver Jimin a sua frente. Se sentia sujo.

- Chico...

Jeon fala ao se sentar em sua cama e pegar seu felino no colo afagando seus macios fios negros. Seus olhos vermelhos denunciando o choro recente, sua voz falha denunciando a quantidade de vezes que pediu perdão por ter feito oque fez, não que se arrependesse de verdade, porque não, ele não sentia o arrependimento lhe coroer a alma, não sentia seu coração destroçado por ter feito aquilo e sim, sentia sua alma e coração doer por querer mais e mais, mais toques, mais beijos, mais senções, mais prazer. Mais de Park Jimin.

- Oque eu fiz Chico? Porque isso tinha que acontecer comigo? Porque eu simplesmente não consegui me controlar? Ele, ele não sai da minha cabeça Chico, e antes fosse só nela que ele estivesse. Eu errei com Deus, falhei com meus votos, falhei com minha promessa, falhei com meus pais e falhei com ele.

Após escutar mais algumas lamúrias de seu dono, Chico sai de seu colo e segue para a cozinha, Jeon suspira e vai atrás do felino, afinal, nada tinha haver Chico com seus problemas, ele havia se colocado em tal posição sozinho, então ele deveria resolver. Ao chegar no pequeno cômodo, ele serve um pouco de leite e ração para Chico, vai até um dos ármarios e retira de lá alguns biscoitos e os come com leite, em seguida volta para seu quarto, pega uma camisa social preta e uma calça social da mesma cor e segue para o banheiro, lá ele se livra da cueca que usava e se coloca debaixo do chuveiro.

- Deus Pai Todo Poderoso, Criador do Céu e da Terra, me perdoe por minha transgressão. Perdoe-me por ter caido em tentação, me perdoe por ter pensamentos impuros. Sei que não sou digno Senhor, sei que minha fraqueza me torna menos digno ainda, mas eu sempre tive o desejo de lhe servir e ser bom a ti Senhor, me faz bom. Me faz bom o bastante pra seguir pregando tua palavra sem me sentir sujo e sem sentir esse peso em meu peito.

Apesar de seus pedidos intermináveis de perdão e lágrimas grossas rolando por seu rosto e se misturando a água corrente do chuveiro, sua mente sempre voltava para a mesma coisa, as sensações da noite anterior assim como, os olhos de Jimin, a boca grossa e avermelhada do menor após o beijo dos dois, as mãos pequenas deslizando por seus braços e o seu pau rígido sendo pressionado contra a coxa grossa do menor.