Eram sete da manhã quando Padre Jeon abriu as portas da igreja, a missa começaria as oito e meia, como ele sempre gostou de ser muito pontual, assim que abriu a porta e deixou a casa de Deus aberta para aqueles fiéis que ali quisessem entrar e falar com o todo poderoso, ele se retirou para a sacristia onde ainda teria que preparar as coisas para a comunhão daquela manhã.
Como de costume, Chico apareceu em meio de seus preparos e roubou sua atenção.- Chico! Já lhe falei que não é pra subir nas prateleiras da sacristia.
Ele diz ao tirar o gato de uma das prateleiras onde ficavam dispostos alguns cálices. Assim que é colocado no chão Chico parte em disparada para frente da igreja e só em pensar em Chico subindo no altar e danificando as coisas santas que ele julgava ter lá, o pobre padre sai atrás de seu felino.
- Chico...Chico volte aqui. Mas onde esse gato se meteu?
Assim que sai detrás da parede que divide a sacristia do altar ele nota uma cabeleira negra vagando próximo ao confessionário. Ele então se dirige até lá e observa a tal pessoa entrar do lado onde era designado para que ele ficasse ouvindo e acalentando os corações de seus fiéis.
- Chico...
Ele chama mais uma vez e se põe de frente para a pequena entrada do confessionário. Assim que ele coloca a mão na pequena portinhola alguém sai de lá e da uma trombada com seu corpo.
- Aii..
A pessoa resmunga e além do resmungo humano o padre também ouve um resmungo de seu felino. Não foi uma batida muito forte, a questão é que a pessoa que estava dentro do confessionário acabou batendo com a testa em seu nariz, oque lhe causou dor e provavelmente causou a pessoa em questão.
Ao parar de alisar seu nariz e olhar para a figura em sua frente ele vê o tal garoto de pele pálida e cabelos negros, aquele que ele mal sabia quem era, mas sabia que era um pobre garoto órfão. Ele lhe olhava assustado enquanto fazia carinho nos pelos negros de Chico.- Você está bem?
Ele pergunta ao garoto.
- Ee..estou sim..mil perdões Padre é que ...eu...eu vi esse gatinho entrando no confessionário e eu quis tirá-lo da li. Desculpe mesmo.
O garoto fala tudo isso de cabeça baixa e bochechas coradas.
- Está tudo bem criança e obrigado por tirá-lo de lá, Chico anda muito serelepe ultimamente.
O garoto da uma risada baixinha, risada essa que não passa desapercebida pelo
Padre.- Porque a risada criança?
- Ah, pela forma que o senhor chamou o gato.
O padre ri soprado e o garoto lhe acompanha.
- Mas o nome dele é Chico, ele é meu gato.
O garoto finalmente lhe olha.
- Oh, sério?
- Sim.
- Não sabia que o senhor tinha um gato.
- Pois é, eu diria que eu o adotei, mas acho que foi o contrário.
Mais uma vez o Padre ri e é acompanho pelo garoto, só que dessa vez ele repara em tal sorriso. O garoto a sua frente possuía olhos muito bonitos, negros como a noite, os cabelos ainda mais escuros do que ele via de cima do altar, em sua derme pálida existiam algumas sardas bem clarinhas, os lábios eram rosados e volumosos de fato, e quando ele sorria suas bochechas esmagavam seus olhos os deixando em duas meias luas e expondo o dente tortinho bem na frente.
- Padre o senhor está bem? Padre?
- O...ooi criança perdão. Oque dizia?
Ele é desperto de sua pequena analise pelo garoto a sua frente.
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A Noite Do Diabo - Jikook
FanfictionExistem pessoas que acreditam no bem e no mal. Existem pessoas que não acreditam em nada. E existem pessoas que sentem em seu cerne que é seu dever acolher, amar e proteger aqueles que creem e aqueles não creem também. Esse era Jeon JungKook, um ho...