4. Dia Três

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Jeon se sentia cansado, após o sonho da noite anterior ele não havia mais conseguido dormir.
Sentia seu corpo cansado, sua mente uma bagunça e seu coração em uma confusão. Ele se perguntava como podia ter tido tais pensamentos. Como ele poderia ter sido tão sujo ao se encontrar duro ao ter tido um sonho daqueles com um menino tão inocente quanto Jimin?
Após aquele sonho ele clamou, clamou por Deus, clamou para que Deus tirasse tais pensamentos de si e que o perdoasse, ele chorou, implorou mas única coisa que pairava em sua mente era o sorriso daquele doce menino e isso o deixava apavorado.

- Padre, o Senhor está bem?

Jimin pergunta assim que Jeon derruba uma das taças da sacristia.
A verdade era que o menor já havia notado que o Padre estava disperso, estava distraído e com uma aparência cansada desde a hora que chegou.

- Padre?

Jimin insisti já que Jeon não lhe responde.

- Sim?

- O Senhor se sente bem?

- Si...sim, estou bem Jimin, não se preocupe.

Ele fala sem olhar para o rosto do menor e se abaixa para pegar a taça que derrubou. Ao se por novamente de pé ele vê Jimin perto, muito perto de si.

- Ji...Jimin?

O menor sorri pequeno e pega a taça de suas mãos a deixando na mesinha ao lado. Com um carinho sutil ele pega as mãos de Jeon as acariciando.
Os olhos do Padre descem para entre os dois corpos e param nas mãos pequenas que quase sumiam em meio as suas.

- Sei que o Senhor não está bem. Me parece cansado, tem olheiras, está distraído e desatento. Me diga se tem algo que eu posso fazer para ajudá-lo, não gosto de vê-lo assim Jeon, não gosto.

Os carinhos delicados de Jimin sobem até seus pulsos, Jeon sente sua pele formigar, sente seu coração acelerado e sua cabeça em uma confusão só. Seu olhar sobe e cai direto nos lábios avermelhados de Jimin.
Deus, oque estava acontecendo consigo?
Porque esse garoto mexia tanto consigo?
Ele sabia que se manter perto de Jimin não estava ajudando para que ele conseguisse pensar direito, mas não queria que o menor se afasta-se.
Mas ele não poderia continuar assim, Jimin lhe causava coisas de mais.

- Jimin...olha eu.. eu não acho que vai dar certo você cuidar do nosso grupo de jovens.

Ele fala a primeira coisa que vem em sua cabeça, a verdade é que ele não tinha motivo algum para afastar Jimin de si a não ser seus pensamentos e desejos errados em relação ao garoto.
Jimin após ouvi-lo o olha de forma fixa e com as bochechas coradas.

- Eu...eu fiz algo de errado? Eu lhe faltei com respeito?

O menor fala com os olhos marejados, Jeon o vendo dessa forma se amaldiçoa, ele estava mentindo e com essa mentira estava fazendo o menor sofrer.

- Não Jimin, você não fez nada de errado é só que não vai dar certo.

Jimin solta suas mãos, vira de costas para si e o Padre escuta um fungar e um soluçar baixinho.

- Jimin...

Jeon o chama e se amaldiçoa mais uma vez.

- Eu fiz algo errado não é? Eu não sou bom pra fazer as coisas Padre, eu não...ninguém nunca me quer porque eu não presto pra nada.

Jimin fala com tanta dor em sua voz que Jeon sente seu peito arder.
Ele então vira o menor para si e o abraça forte, Jimin leva suas mãos até o peitoral do Padre e agarra com força a camisa do mesmo enquanto chorava.

- Jimin, não chora. Não diga essas coisas. Porque diz isso?

Jimin levanta a cabeça lhe olhando com os olhinhos e bochechas molhados.

A Noite Do Diabo - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora