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DOMINIQUE ELISE

Para a minha sorte e o azar dele, Vinnie tinha uma gaveta em sua cômoda especialmente para cintos e gravatas. E o que seriam apenas acessórios, agora me pareciam brinquedinhos. Enquanto eu observava cada um dos cintos, ele ficou sentado na cama com os braços cruzados, observando atentamente cada movimento meu.

— Qual desses será que dói mais? — murmurei para provocá-lo.

— Escolhe qualquer um. — resmungou ele.

Por fim, peguei algumas gravatas e dois cintos, sendo um mais grosso que o outro. Virei de frente para ele e o olhei de cima a baixo.

— Tira a roupa. — falei com firmeza.

— Eu gostaria que você me dissesse antes o que vai fazer. — me olhou desconfiado.

— Sou eu quem mando hoje, babaca. — dei alguns passos em sua direção, parando em pé entre as suas pernas. — E quando eu disser para você tirar as roupas... — envolvi uma das gravatas em seu pescoço e dei um apertão nem tão frouxo e nem tão forte para não machuca-lo de verdade. Vinnie arfou em surpresa e ficou um pouco vermelho. — você tira. — completei com um semblante sério, tirando a gravata em seguida.

— Eu já tô me arrependendo. — disse mais para si mesmo, enquanto retirava sua camisa.

Me afastei para dar-lhe a liberdade de se livrar das outras peças de roupa. E enquanto Vinnie se despia, eu fiquei encostada contra a cômoda, admirando a visão daquele corpo bem desenhado à minha frente. Depois de estar totalmente nu, Vinnie ficou de pé olhando para mim, dando-me brecha para continuar as minhas ordens.

— Deite na cama.

Sem nenhuma objeção, ele foi até a cama e se deitou. Peguei as gravatas que iria precisar e fui até ele. Segurei um de seus braços e comecei a amarra-lo na cabeceira. Ele não dizia nada, apenas olhava para mim com um olhar que era um misto de curiosidade e medo. Eu sabia que ele não gostava nada de ser submisso, o que me incentivava ainda mais a tornar aquilo um mártire para mim e uma tortura – não literal – para ele.

Usei algumas gravatas para conseguir amarrar seus tornozelos aos pés da cama box. Tinha que admitir que eu fui muito boa em uma tarefa aparentemente difícil. E depois de tê-lo totalmente imóvel e exposto, eu peguei uma última gravata, sentei ao seu lado e cobri os seus olhos. Ele soltou um resmungo em protesto enquanto eu o vendava.

— Se reclamar, seu castigo será pior. — avisei.

— E qual é o castigo?

— Que garotinho mais ansioso você é. — debochei.

Saí de perto dele e retirei as minhas roupas, deixando-as espalhadas pelo chão. Depois disso, peguei o cinto mais grosso e parei em pé ao seu lado, olhando para cada parte do seu corpo, escolhendo o local perfeito para começar.

Antes de usar o cinto, passei minhas unhas levemente por uma de suas coxas e vi sua pele arrepiar no mesmo instante. Engatinhei na cama e abaixei o suficiente o meu rosto, encostando meus lábios em sua derme, depositando alguns beijinhos sem deixar de usar as unhas. Ouvi Vinnie soltar um murmúrio incompreensível, mas em um tom claro de prazer.

— Gosta disso? — perguntei.

— Iria gostar mais se você subisse mais um pouco. — sorriu.

Agora era a hora da brincadeira começar de verdade. Ergui o cinto que estava em minha mão e sem aviso prévio, bati em sua perna com força o suficiente para causar uma ardência sem machucar gravemente. Eu era médica e sabia os limites que deveria usar.

Enemies with Benefits ᵛᶦⁿⁿᶦᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora