DOMINIQUE E.
HACKER1 ano depois...
Eu estava extremamente cansada quando cheguei em casa. Joguei meus sapatos em qualquer canto e caminhei a passos lentos e preguiçosos até o quarto, onde retirei todas as minhas roupas e me enfiei debaixo do lençol apenas de calcinha. Estava com sono demais para ter tempo de vestir alguma coisa. Ainda era cedo, por volta das sete da noite, mas eu precisava de um cochilo antes de decidir o que faria para o jantar. Provavelmente eu acabaria comendo as sobras da pizza de ontem.
O motivo do meu cansaço era o trabalho. Nos primeiros cinco meses de casada eu me dediquei apenas ao hospital comunitário, atendendo dia sim e dia não. Nas minhas folgas, eu me dedicava a desenvolver uma teoria psiquiátrica sobre como o corpo realiza uma ação antes mesmo do cérebro enviar o comando da mesma. Eu estava levando aquilo como um passatempo extra, algo sem nenhum compromisso e foi assim até eu resolver publica-la. Depois disso uma equipe de neurocientistas se mostrou interessada em fazer experimentos sobre minha teoria e meus cálculos. Eu não pensei duas vezes antes de aceitar.
O que eu não imaginava era que chefiar uma pesquisa daquele porte tomaria tanto a minha energia. Bom, eu não trabalhava fora do horário de trabalho, saía e chegava em casa nos mesmos horários de sempre, mas era cansativo ter que pensar demais e liderar um grupo de cientistas, pelo menos essa era a minha dedução, pois só assim eu conseguiria explicar o porquê de estar sentindo tanto sono como agora. Eu podia apoiar minha cabeça em qualquer coisa e dormiria.
Tive que reduzir minha colaboração no hospital para apenas dois dias na semana, mas consegui encontrar outros médicos para me substituírem nos outros dias. Em casa as coisas estavam a mil maravilhas. Vinnie era ótimo, nós dois juntos éramos ótimos e sempre tínhamos algum programa no fim de semana, nunca nos entregando à rotina.
O trabalho dele também estava a todo vapor, agora que a empresa havia expandido para outros estados. A Nate&Son não parava de se espalhar e os homens Hacker eram citados a todo momento na mídia. Meu marido ficou bem conhecido principalmente pelo fato de ser tão bonito. Lembro-me de sentir o ciúme queimar em mim quando uma revista de fofocas publicou fotos dele saindo do mar em um dia de praia e tive que lidar com os comentários da internet sobre como ele era gostoso.
Vinnie partiu numa viagem de negócios sozinho pela manhã. Era a primeira vez que ele faria acordos em outro estado sem a companhia de seu pai. Nate confiava ainda mais nele e estava lhe dando asas para mostrar que aquela confiança não era em vão.
Nossas famílias passaram a conviver mais e por incrível que pareça, pararam de brigar. Maria e Priscila estavam bem amigas e minha mãe até a arrastou para as suas aulas de pole dance. Nate e Daniel também estavam se tratando com mais respeito, mas ainda não dava para chamar de amizade, eles passaram por muita coisa. O mesmo com Vinnie e Jacob, que após meses conseguiram ter uma conversa inteira sem um mandar o outro ir se foder no final. Ao menos os jantares de família não terminavam mais em escândalos, para a tristeza da vovó Hellen, que sempre torcia para um pouco de fogo no parquinho.
Acordei depois de algumas horas. Me espreguicei e abri os olhos devagar. Depois de conferir o meu celular, vi que já eram duas da manhã. Eu dormi mais do que pretendia e meu estômago estava brigando comigo por não ter jantado.
Levantei, vesti uma calça de moletom e uma regata, calcei meus chinelos e saí do quarto para ir até a cozinha. À medida que me aproximava da sala, eu ia ouvindo a televisão ligada no que parecia ser um jogo de basquete. Por um breve momento, achei que era o Vinnie, mas aí me lembrei de que ele só estaria em casa em três dias.
Franzi a testa e caminhei mais devagar, olhando de fininho antes de entrar completamente na sala. Não havia ninguém, mas a pizza de ontem que eu pretendia comer tinha ido para o brejo, pois a caixa vazia estava sobre a mesinha de centro.
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Enemies with Benefits ᵛᶦⁿⁿᶦᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ
Fanfic【 adp. 𝘃𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗵𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿. + 🔥 】 ৲ dizem que a raiva ajuda a apimentar as coisas + O colegial foi a pior fase para Dominique Walker, que era um clichê perfeito da nerd com poucos ou nenhum amigo que vivia sendo alvo de bullying. E o grande r...