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Lea

Meu dia foi uma merda. Cheguei atrasada para faculdade, me meti em uma briga com uma garota insuportável, e para melhorar, tirei um belo de um zero em uma prova. Meus pais com certeza iriam me matar se ainda estivessem vivos. Ah é, esqueci-me de me apresentar. Meu nome é Lea. Tenho 18 anos, e vivo em uma pequena cidade dos Estados Unidos. Moro sozinha, e estou fazendo faculdade de artes no momento. Entre os cursos, artes cênicas, artes visuais, música e dança.

Como citado antes meu dia foi extremamente ruim, até que a melhor (ou a pior) coisa da minha vida aconteceu. Para você entender melhor, vou voltar ao inicio desse dia.

Estava ouvindo um barulho irritante, não sabia o que era ou de onde vinha, só sabia que era irritante. Até que eu acordei, e, MEU DEUS, eu estava muito atrasada. Vi que o barulho era o despertador que não parava de vibrar. Desci muito rápido as escadas, que ligavam meu quarto a cozinha, e preparei o sanduiche mais rápido da minha vida. Devorei-o em segundos, porém não pude deixar de aproveitar aquele delicioso sanduiche. Não sei o porquê que eu sempre fui muito ligada a sanduiches, talvez seja por causa de minha mãe que sempre os preparava para mim antes de eu ir à escola, ou talvez seja... Foco, eu tenho que ter foco para contar essa história. Voltando para o meu terrível atraso, sai correndo trombei com muitas pessoas no meio do caminho, entre elas trombei em um garoto moreno, alto, praticamente da minha idade, muito bonito. Ele estava com um café na mão, e quando demos o esbarrão derramou tudo em sua roupa.

—Não olha por onde anda garota?!

—Me desculpa, mas não precisa ser tão grosso assim. Até porque, você também esbarrou em mim.

—Mas não era eu quem estava correndo.

Nisso ele me pegou desprevenida. Ele tinha razão. Fui eu que saí como um jato de casa, enquanto ele estava andando calmamente, sem preocupação nenhuma. Como se até, esperasse que isso acontecesse.


—Olha, eu já pedi desculpa. Eu estou com pressa, então me da licença, por favor?

—Qual é o seu nome? —ele segurou meu pulso e perguntou. Como não respondi, perguntou outra vez —Qual é o seu nome?

—Por que quer saber?

—Me responde.

—Lea.

Eu sei, eu sei. É um grande erro dizer seu nome para desconhecidos, mas eu estava nervosa e atrasada. Sabia que ele não ia me deixar ir embora, sem que eu dissesse o meu nome. Depois que disse, ele me soltou e seguiu seu caminho como se nada tivesse acontecido.

Fiquei irritada.

O que esse cara tinha de bonito. Tinha de mal educado. Mas eu tinha coisa mais importante para fazer, que me preocupar com uma pessoa qualquer que apareceu no meu caminho.

Cheguei, e já era a segunda aula, e levei uma bela bronca da professora. Quando ela entregou as provas corrigidas da semana passada, levei um baita susto. Tinha tirado zero. Era minha primeira nota baixa do ano. Era para escrevermos um roteiro de uma história inventada. A professora falou que falta criatividade, e meu roteiro estava muito monótono.

—Você é melhor que isso Lea.

Disse a bruxa velha. Mas ela estava certa. Não foi o meu melhor trabalho.

 sanduíches, chocolates e um namoro de fachadaOnde histórias criam vida. Descubra agora