Entre Pincel e Tinta-Parte 1

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O dia tinha amanhecido com uma temperatura amena, um alivio depois de muitos dias de frio, eu estava aproveitando pra dar uma organizada em meu atelier, organizando minhas pinturas, deixando o local apresentável para os clientes, pois em dias ensolarados e calorosos o movimento é sempre maior, e a rua estava movimentada desde cedo, dei uma olhada no letreiro que pintei na fachada da loja na semana passada, estava pensando em fazer alguma mudança, talvez pintar algo mais em volta do nome de minha loja que se chama Pincel e Tinta.

E essa foi a primeira vez que a vi, entrando no meu Humilde atelier, foi como se tudo parasse e não existisse mais nada além dela, graciosa com aquele olhar de menina inocente e ao mesmo tempo um corpo de mulher sensual, me fez lembrar uma Deusa da mitologia, nunca tinha visto uma mulher tão linda, parecia um anjo de amor decido dos céus, algo puro e intocável.

Tinha os cabelos ruivos longos, que caiam em camadas cobrindo toda a suas costas, os olhos negros contrastando com uma pele clara, estava usando um vestido leve, sandálias rasteiras no estilo gladiadora, quase visualizei asas em suas costas de tão perfeita que ela era, quando estendeu a mão pra me cumprimentar paralisei, agi num gesto mecânico sentindo medo de ela desaparecer assim que eu a tocasse, e seu toque era tão leve, tão caloroso, senti meu sangue pulsar somente em tocar sua mão, tentei disfarçar minha excitação, fiquei meio tonto com seu toque.

Ela me disse que estava de passagem na cidade e queria muito que eu pintasse um retrato seu, contou que uma conhecida tinha um retrato pintado por mim e ela ficara encantada, normalmente não acompanhava o marido em suas viagens de negócios, desta vez o acompanhou por que gostaria muito de ser eternizada em uma tela, por mim um artista tão original, afirmou que pagaria qualquer quantia pela exclusividade de meu trabalho.

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