Capítulo 7 (Fim)

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O dia tão esperado chegou para todos que participaram daquele infeliz discurso de Ravi no tribunal. O próprio Ravi está presente no local, mas diferente do encontro anterior, ele está mais acabado e um pouco debilitado. Elisângela e Aurora não estavam pacientes e logo ficaram na primeira fileira horizontal das cadeiras, encarando a cara de pau do Ravi. Elas quebram o protocolo e invade o local onde ele está.

– Como tens a cara de pau de falar aquilo? Estás tão seguro que irás ser ileso de seu crime? – Elisângela questiona.

– Não lhe devo nenhuma satisfação. – Ravi responde, grosseiramente.

– Tu e meu pai irão apodrecer na cadeia! E irei rir demais desse dia. – Elisângela diz.

– Elisângela, acalme-se! – Aurora tenta acalmá-los.

– Pensas que irás ficar ilesa desse crime? – Ravi questiona e isso faz Elisângela ficar calada. – Se eu tive culpa nisso, tu também tens.

– Como se atreve a inverter o jogo? Como ousas a fazer tal coisa? O resultado ainda não chegou. – Elisângela diz, indignada.

– Tu és um covarde. Queres pôr a culpa em uma pessoa que não teve nada a ver com esse terrível crime que cometeste com a nossa irmã! – Aurora diz.

– E quem lhe garante que tenha sido eu o responsável por esse crime horroroso? – Ravi questiona em uma forma de deboche.

– Espera, fostes tu? – Aurora pergunta.

– Ele está tentando nos enganar, Aurora. Vamos sair daqui. Isso é contagioso. – Elisângela diz.

– Acho que contaminou, já que tens sido bem irônica na frente das autoridades há alguns dias. – Ravi diz.

– E ainda tens coragem de brincar com a situação dela? Não percebes o mal que provocas? – Aurora pergunta.

– Pouco me importa a vida. – Ravi diz e olha para a algema que está na mesa do juiz. – Se irei preso, é por minha culpa.

– Pelo menos assumes o teu papel. – Elisângela diz. – Vamos ver se tornas mais homem.

– Estás dizendo que eu não sou homem? – Ravi questiona, um pouco irado.

– Isso, mesmo! És um lixo de ser humano. – Elisângela responde. – Além de ser cafajeste, és desregrado, aviltante, canhengue e um estulto. Se tiver mais palavras para xingá-lo, me diga.

– Esqueceu de dizer que ele é um trocista e um chupim. – Aurora diz.

– Ah é? E vocês duas são execráveis! – Ravi diz e Elisângela deu dois tapas no rosto dele. A marca da mão dela ficou nítido. – Maldita! – Ele grita.

– Passe bem! – Elisângela diz e junto de Aurora saem do lugar. – Acho que deveria ter dado mais tapas.

– Não, Elisângela. Queres problema com as pessoas daqui dentro? – Aurora questiona.

– Não, mesmo. Problemas já tenho com aquele... pascácio. – Elisângela responde.

Após uma rápida conversa, percebe que a sala está cheia e todos estavam esperando a chegada do juiz. Alguns minutos depois, o juiz entra na sala e todos se levantam. O promotor, novamente, sinalizava a todos os momentos de fazerem o que querem. Depois que o juiz chega no local, ele se senta e todos fazem o mesmo.

– Senhores, de antemão quero dizer que já sabemos que é o assassino. O próprio já veio revelar diante de mim a verdade. – O juiz diz.

– Já sabemos de quem se trata. – Aurora diz bem baixinho para Elisângela e riem baixinho.

O Rebu: A Festa na PiscinaOnde histórias criam vida. Descubra agora