Capítulo 2

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A história fica cada vez mais confusa daqui a diante. Se vocês sentirem um pouco de dor de cabeça, peço para que culpe a vida pelos fatos. Às vezes é difícil de crer que isso realmente aconteceu. Para quem pensa que isso é uma ficção, saiba que está enganado. Tudo isto se passou na fictícia cidade de Raimundo Oliveira, mais precisamente em julho de 2022.

O corpo de Amanda foi levado ao IML, para exames. No dia seguinte, os estudiosos analisaram cada parte do corpo e detectaram algumas coisas estranhas, que no momento do desespero da família, não foi possível ver. Vamos analisar de parte em parte, a iniciar pelas partes externas. A cabeça é o único local que está "normal", apenas com um pequeno prego em sua cabeça. Sim, um prego em sua cabeça, mais precisamente na parte do crânio. O rosto dela está pálido e sua boca está totalmente molhada, devido a água da piscina. Suas orelhas estavam sujas de cera, e pelo tempo em que seu corpo esteve boiando na piscina, boa parte deles estava preservado na parte externa e no canal que liga o ouvido ao "sintonizador" da voz, onde é possível a audição das coisas que acontecem no dia a dia.

Seu tronco é a parte mais afetada, de todas as partes. O pescoço está vermelho, devido ao excesso de fala e da respiração apressada da vítima. Seu braço direito está inchado, devido ao excesso de movimento, para chegar na superfície de pedra, onde teria se salvado. O braço esquerdo também está inchado, mas estava menos intenso do que o braço direito, o que revela que seu lado dominante era o lado direito. Todos os corpos sempre aparecem assim, e os auxiliares de necropsia (é o nome da profissão dessas pessoas que analisam os corpos) sabem muito bem como identificar certas coisas.

Os seus seios, brancos e delicados, estavam menos "cheio", devido ao fato de estar morta e o "leite" ser menos visível e notável, enquanto ela está sem vida. A barriga está pálida, provavelmente pelo excesso de cansaço e pela desenfreada respiração de desespero da vítima. A maioria das vezes a barriga não é levada em consideração na hora de fazer uma autópsia, mas como ela foi encontrada morta na piscina há, pelo menos, alguns minutos após o incidente, a barriga irá ajudar os profissionais a descobrirem a verdadeira causa da morte. A Princesa Helena está acompanhando os exames e de repente surge uma dúvida.

– Senhor, por que a barriga não foi tão analisada, como as outras partes que vistes antes?

– A barriga é analisada pela parte de dentro. A parte externa não mostra o que é obrigado a mostrar. – O auxiliar de necrópsia responde. A Princesa Helena entende o recado e voltou ao silêncio.

– De todas as partes do corpo, Vossa Alteza, a barriga possui mais informações por dentro do que por fora. – Outro auxiliar de necrópsia diz.

Continuando no exame, eles pularam para as partes íntimas, o que poderiam descobrir coisas ou não. Analisando bem a vagina dela, perceberam que há sêmen recém colocado na vítima. Este sêmen foi coletado e colocado em um outro lugar, afastado da Princesa e dos outros auxiliares, estando a cargo da polícia.

– Está ficando pior do que esperava. – O necropsista diz, em voz alta.

– O que houve, professor? – Outro auxiliar de necrópsia questiona.

– Encontrei sêmen recém colocado na vagina dela. Além de ter sido encontrada morta na piscina, também foi abusada sexualmente. O criminoso rola solta e não percebeu que aquele sêmen o incriminaria. – O necropsista responde.

"Está ficando pior do que imaginei", pensou a Princesa Helena, vendo o trabalho dos auxiliares. Ela pensou em diversas possibilidades e uma delas, de que havia sido abusada antes da festa. Para isso, teria que traçar melhor as hipóteses e depois enviá-las a polícia. "É melhor descobrirem a causa, do que enviar hipóteses errôneas a polícia", pensou um pouco mais tarde e manteve o silêncio.

O Rebu: A Festa na PiscinaOnde histórias criam vida. Descubra agora