Conforto de um abraço

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Tanjiro se sente que está incomodando os dois irmãos, já faz uma semana que está hospedado na casa dos Tsugikunis, e dês do incidente com o Tsugikuni mais velho, o pequeno percebe que está apenas atrapalhando os dois irmãos. Com esse pensamento em mente, têm a ideia de ir embora para não atrapalhar eles mais, e é isso que irá fazer. Pegando um pouco de comida e roupas para o frio, o pequeno coloca tudo sobre uma bolsa velha que encontrou pela casa, só iria esperar anoitecer para ir, sabia que se fosse durante o dia um caçador poderia pegar ele, já que em sua mente, os caçadores são os caras maus.

- O que está fazendo?- uma voz atrás de si se pronuncia, o pequeno se estremesse interior, e devagar se vira olhando para o oni de seis olhos - Vai embora?- diz vendo a bolsa velha com coisas dentro

- Vou - responde olhando para o chão

Tanjiro fica com mais medo ao ver o superior 1 se aproximando de si, o mais velho se agacha para ficar do tamanho do pequeno e em seguida toca seu rosto, fazendo o pequeno Kamado ficar com mais medo.

- Você me lembra muito ele - diz analisando o rosto do pequeno ruivo que o olha surpreso

- Por isso que você ficou bravo quando eu te chamei de mãe?- diz num tom inocente e choroso

- Não exatamente, é que eu achei que o meu bebê havia voltado, mas aí era só você, não meu filho - diz e lágrimas se acumulam em seus olhos - Me desculpa pequeno, eu não queria ter gritado com você naquele dia, eu só não consigo viver sem meu filho - diz tirando a mão do rosto do garoto

- Sinto muito, eu acho que só piorei as coisas né - diz se sentindo culpado por ver o ruivo mais velho naquela situação tão delicada

- Não, você só me deu um sentido de continuar vivo - diz e leva com cuidado a mão sobre os cabelos do pequeno - Sinto muito mesmo Tanjiro, eu perdi a cabeça, não devia ter gritado com você, afinal você é só uma criança e não tem culpa de nada - diz fazendo um leve cafuné nos cabelos do pequeno que fica surpreso pelo carinho que recebe, isso faz com que lembre da ômega que o criou até agora, mas uma memória antes, era alguém fazendo carinho em seu cabelo enquanto cantava uma espécie de música para ninar.

- Você conhece uma música da rua?- diz olhando para o homem que lhe olha confuso por alguns segundos, mas logo entende o que o pequeno quer dizer

- Se essa rua, se esse rua fosse minha, eu mandava, eu mandava lá brilhar - começa a cantar surpreendendo o pequeno, era praticamente a mesma voz de sua lembrança - Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante, para meu, para o meu amor passar - canta olhando para o pequeno que escuta atentamente - Nessa rua, nessa rua, há um busque, que se chama solidão, dentro dele, dentro dele, há um anjo que roubou, que roubou meu coração, se eu roubei, se eu roubei seu coração é por que, é porque te quero bem - termina e vê que o pequeno está com lágrimas acumuladas - Que foi? Não era essa?- diz preocupado pelo pequeno estar chorando

- É essa sim - diz fungando um pouco enquanto tenta segurar as lágrimas

- Meu filho amava escutar essa música - diz dando um sorriso fraco para o ruivo menor

- Alguém também cantava essa música pra mim quando eu era menor, mas não consigo lembrar quem - diz abaixando um pouco a cabeça

- Talvez seja sua mãe ou seu pai - diz se levantando - Vamos, Yoriichi teve já terminando os biscoitos - diz dando um leve sorriso e esticando sua mão para o pequeno que pegou a mão do mais velho, logo os dois vão até a cozinha de mãos dadas, como uma mãe e seu filho.

Após comerem, os três estão na sala, Yoriichi está lendo um livro enquanto toma chá, Tanjiro se encontra sentando no chão sobre um tapete fofo com uma almofada para ficar mais confortável, o mesmo está desenhando sobre a pequena mesa de centro da sala. Kokushibou por outro lado apenas observa o pequeno desenhando, parecia que via seu pequeno filho ali no lugar do pequeno Kamado. Um sorriso pequeno está nos lábios do ruivo mais velho, apenas observando tudo, isso lhe faz lembrar quando ainda tinha uma família, ao lado de seu alfa e filhote, agora não tem nada além de lembranças que lhe dá muita dor.

- Anuie, pare de encarar o garoto assim, parece que vai mata-lo a qualquer momento - diz sem tirar a atenção do livro.

- Desculpa - diz meio envegonhado, se bem que só estava observando o pequeno desenhar, mas acho que por conta de sua aparência parece que quer matar o garoto.

Tanjiro se encolhe um pouco pelo comentário do gêmeo mais novo, tinha medo que Kokushibou lhe matasse mesmo, por outro lado o ruivo mais velho se levanta e sai indo em direção ao seu quarto.

- Ele parece chateado - comenta o pequeno ao ver que o mais velho ficou um pouco desanimado com o comentário do irmão.

- Ele deve só tá fazendo drama, não ligue para isso - responde virando uma página de seu livro

Por outro lado Tanjiro continua preocupado, o pequeno se levanta e caminha até o quarto de Kokushibou, o Kamado primogênito bate na porta do quarto do Tsugikuni mais velho esperando uma resposta. A porta logo e aberta e os seis olhos vão em direção ao pequeno que se assuta um pouco, afinal não se acustomou muito com a aparência assustadora do ruivo.

- Precisa de algo pequeno - diz se agachando enquanto possui aqueles olhos fixos no pequeno ruivo

- Você tá triste?- diz indo direto ao ponto, e isso deixa o oni surpreso

- Não há nada com o que se preocupar pequeno - diz forçando um sorriso, se fosse que nem o Douma seira mais fácil do que realmente é

Tanjiro percebe que o ômega está mentindo, então em um ato de compaixão abraça o mais velho que fica espantado, não recebia um abraço assim a anos, Kokushibou não conteu suas lágrimas e retribuiu o abraço do pequeno enquanto lágrimas caiem sobre seu rosto e solta leves soluços de angústia. O pequeno Kamado também deixa pequenas lágrimas cair de seus olhos que logo molham a roupa do mais velho, Tanjiro consegue sentir a angústia e dessespero que o mais velho sente, aquela dor horrível no peito, a solidão lhe tomando conta e ninguém se quer o socorrer disso ou escuta seus gritos de dessespero.

- Tá tudo bem, eu vou ajudar a você melhorar - cometa o pequeno com a voz chorosa enquanto sente seu corpo ser apertado pelo o mais velho que apenas continua soluçando entre lágrimas grossas.

{Continua?}

Não revisado

Palavras 1128

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