HARRY

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Como se o peso de vinte erumpentes tivesse saído dos seus ombros, Harry respondeu à questão da sua amiga, se ele estava bem. "Sim, eu estou." Ele sorriu e abraçou os dois amigos.

"A gente conseguiu, eu nem acredito que aquele velho morreu." Ron disse ainda sem acreditar que tinha acabado.

Acabou. Voldemort morreu, os Comensais da Morte estavam indo embora agora que ficaram sem líder, as pessoas que lutaram contra Voldemort estavam agora a caminho ou já no Grande Salão a meio de conversas e prestando o seu respeito aos que perderam a vida nesta batalha. Até o céu havia mudado de uma nuvem escura e tenebrosa para um sol brilhante e que irradiava felicidade.

Todos cobertos ainda por uma camada fina de esperança, sendo essa camada fina que tornou o fim da guerra possível, essa mesma camada fina de esperança combatendo a grossa camada de medo e tormenta que era tão maior desde que a Segunda Guerra Bruxa teve início.

Harry, Ron e Hermione caminhavam para dentro do castelo, desejando se encontrar com os amigos e família que lá estava dentro. Antes de cruzar as grandes portas da escola, Harry olhou para trás. O seu olhar capturando o momento em que Draco e Narcissa Malfoy tocaram a chave portal, os olhos verdes presos nos azuis acinzentados por milésimos de segundos antes que os de Malfoy desaparecessem.

"Harry, vamos!" Hermione o chamou, ele acordou do pequeno transe em que se encontrava e seguiu com os amigos.

Assim que Molly Weasley colocou os seus olhos no Trio de Ouro, ela correu até eles e os segurou forte contra o peito. "Meus meninos." Ela fungou. Mesmo sabendo que eles tinham sobrevivido, era difícil não chorar ao ver os seus filhos, Ron e Harry, e a nora, Hermione, entrando por aquelas portas depois do tamanho perigo em que viveram pelos últimos anos.

Eles teriam um ano calmo. Depois de tudo o que passaram, é até estranha essa ideia de passar um ano inteiro sem alguém tentando matá-los; é ruim e inacreditável que eles tenham se acostumado a estar sempre na beira do perigo e com alguém correndo atrás deles.

Enquanto todos conversavam entre si no Grande Salão, Harry ficou calado, perdido nos seus pensamentos.

Desde que ele ingressou neste mundo de magia, ele descobriu a verdade sobre a morte dos seus pais e sobre o mundo em que eles viviam e de que ele fazia parte, eles também o protegeram por todos estes anos, mesmo que mortos; ele ganhou dois melhores amigos incríveis que foram o seu grande apoio pelos sete anos que se passaram, ele também não pode se esquecer que também ganhou uma nova família, a família Weasley que sempre o acolheu e adorou; um dos melhores momentos que teve foi conhecer o seu padrinho e um dos piores foi o ter perdido e só ter conseguido ter dois anos com ele ao seu lado; no mesmo ano que ganhou Sirius também ganhou, como professor e amigo, Remus Lupin. Ele conheceu pessoas incríveis e salvou muitas também então, por mais difícil que tenha sido, ele não guarda nenhum arrependimento de tudo o que fez para derrotar o Lado das Trevas.

Foi notado por Harry que as coisas estavam voltando ao normal pouco a pouco. Ele estava morando com a família Weasley atualmente, ele dividia o quarto com Ron — George insistiu que eles fossem para o quarto que ele dividia com o seu falecido irmão gêmeo, Fred — e Hermione também morava com eles após fazer os seus pais esquecerem da sua existência com o feitiço Obliviate, antes de iniciarem a busca pelas Horcruxes e com medo de Voldemort os encontrar, e não ser capaz de o desfazer. Gina e Harry terminaram o relacionamento amoroso que tinham poucos dias depois de Harry se mudar para a casa dos Weasley, decidindo que ser apenas amigos era o melhor para ambos. Os dois ainda guardavam um grande carinho pelo outro e pelo tempo que passaram juntos, no entanto.

Todos estavam finalmente conseguindo ter o ano de paz que tanto mereciam e queriam, e estavam aproveitando-o fazendo a única coisa que não tiveram chance de fazer nos últimos anos: descansar.

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