𝟎𝟏 - 𝐎 𝐃𝐞𝐬𝐞𝐣𝐨 𝐝𝐞 𝐕𝐢𝐯𝐞𝐫

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UM ESTRONDO ALTO O SUFICIENTE PARA OS MORADORES DE TODO O PRÉDIO ESCUTAREM ECOOU DO QUARTO DA GAROTA DE CABELOS LONGOS NEGROS

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UM ESTRONDO ALTO O SUFICIENTE PARA OS MORADORES DE TODO O PRÉDIO ESCUTAREM ECOOU DO QUARTO DA GAROTA DE CABELOS LONGOS NEGROS. Na-ra soltou um suspiro aliviado que segurava a muito tempo. Ela havia feito uma coisa ruim, mas aquela era a primeira vez em cinco anos que a adolescente pôde respirar livremente, Na-ra não negaria, foi gratificante.

Os hematomas marcados por todo o seu corpo finalmente fizeram algum sentido agora. Ela poderia ser chamada de sobrevivente? De jeito nenhum, chamariam ela de assassina e a condenaram pelo resto de sua vida porque ela resistiu. Se a menina estivesse morta, então ela seria consolada. As pessoas só entendem a sua dor quando reconhecem você como vítima. Quem acreditaria que a rebelde malcriada era uma vítima das agressões de seu padrasto? Ainda mais com as suas mãos sujas de sangue. Os sofredores eram puros para a sociedade, caso contrário não eram levados em consideração.

━━ Inferno! ━━ Na-ra praguejou, deixando a espingarda cair no chão e indo junto logo em seguida.

Foi apenas um minuto depois, e a garota já se via perdida novamente, dessa vez por culpa, por ter matado alguém, por não ter morrido ao invés disso. Ela acabou se tornando um monstro por ter desejado viver.

Talvez, só talvez se seu pai não tivesse morrido e sua falecida mãe não se casasse com um homem horrível, seu destino fosse diferente. Infelizmente há pessoas que nascem sem oportunidades e Pyeon Na-ra era uma delas.

A estudante engatinhou em direção ao cadáver, manchando o seu uniforme na enorme poça de sangue do recém falecido. Desejando genuinamente que sua mãe a perdoasse.

Seus dedos escorregaram nervosamente em busca de seu celular. Quando achou, procurou o nome de seu irmão mais velho na lista de contatos, ciente de que mesmo com todo o ódio que sentia por ele, ele era o único que poderia ajudá-la naquela situação. O telefone discou e cada segundo que passava era lentamente doloroso, Pyeon Na-ra sentia que perderia a cabeça.

━━ Sang-wook, não desligue desta vez, por favor, estou implorando! ━━ a garota se apressou em dizer imediatamente quando a ligação foi atendida ━━ Não me abandone novamente, pelo menos não agora que estou lhe pedindo. ━━ suplicou.

A respiração acelerada do mais velho foi percebida do outro lado da linha.

━━ Onde você está? ━━ o homem não hesitou em perguntar, talvez tenha sido atingido pelas palavras sinceras e desesperadas de Na-ra, ou surpreendido pela forma que a caçula engoliu todo o seu orgulho ao fazer a ligação e o implorar por ajuda.

Na-ra soltou todo o ar que nem percebeu que estava segurando.

━━ No apartamento do Han Jeon-jae. ━━ sentiu um arrepio ao pronunciar o nome do morto.

𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐎𝐋 • Sweet HomeOnde histórias criam vida. Descubra agora