04 | Nada de sossego

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Quando toda aquela tensão de briga acabou, Alex e a loira foram embora

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Quando toda aquela tensão de briga acabou, Alex e a loira foram embora. Eu não poderia simplesmente deixar aquela coisa se perder.

Harley me olhou confusa quando me viu apanhar a bolsa e deixar meu copo de lado.

— Aonde pensa que vai?

— Trabalhar — assim que respondi ela fez uma cara de tédio — Te vejo em casa, se cuida.

Dei passos largos até a saída e antes que pudesse segurar a porta alguém fez isso antes. A loira que estava fora, entrou indo até o balcão e deixando um copo de vidro.

Deduzi que pertencia ali, mas o que me surpreendeu mesmo foi quando um homem a abordou, lhe dando um beijo em sua bochecha, ela correspondeu com uma risada e dizendo algo que seria impossível eu ouvir por conta da música.

Já estava olhando descaradamente, então voltei alguns passos para trás e fingi olhar para outro lado. Enquanto sacava o celular e com apenas um clique tinha a chave perfeita para desmascarar esse "assédio".

Ela saiu abanando os braços e aquilo me deixou inconformada. Principalmente quando analisei mais uma vez o rosto do mesmo e tive certeza de quem era.

Não consegui dormir aquela noite, mesmo que só faltasse 3 horas para o horário que geralmente acordo

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Não consegui dormir aquela noite, mesmo que só faltasse 3 horas para o horário que geralmente acordo.

Quando me sentei não consegui parar de escrever. Fotos, vídeos, outros relatos e algo importante que só no meu teria. A especulação de que Taylor havia armado tudo isso.

O mais irônico que aquele homem não era nada mais que um modelo, assim como ela. Já fizeram diversos trabalhos juntos

Assim que o sol já era visto por completo, liguei para Callanghan que recebeu todos os documentos e os encaminhou direto para a página mais comentada e famosa do momento. E depois de muito tempo trabalhando com o mesmo, ouvi um elogio sobre mim.

Relaxei meus ombros. A rapidez que fiz e entreguei era absurda e me deixou tensa, tenho certeza que até prendi a respiração sem perceber.

Já beiravam 10 da manhã e só pela publicidade tinha certeza que iria ganhar um extra enorme.

Havia apenas eu e Callanghan no escritório, e apesar dele ser um homem suspeito nunca me desrespeitou. E tinha certeza que não receberia tantos trabalhos por pelo menos uma semana.

Geralmente quem ficava comigo ali de manhã era aquela loira, mas ela faltou novamente, e dessa vez não sabia o porque. Depois do almoço teria companhia de mais duas pessoas que foram contratadas a pouco tempo.

Como estava atoa, aproveitei para checar as cartas de casa, que apanhei na pressa antes de vir para o trabalho.

— Conta, Conta... Propaganda, Aluguel — Resmunguei enquanto passava os papéis e parei em um que havia uma proposta de emprego.

Minha atenção foi tirada quando ouvi Callanghan, o olhei rapidamente. Usava uma camisa social branca que ficava apertada, provavelmente foi um presente da sua ex-esposa. Via várias fotos da mesma em sua sala.

— Visita? — falei baixo e voltei a rolar meus olhos sobre as letras coloridas.

De primeira pensei que poderia ser Harley. Já que nós desencontramos durante a noite, mas a essa hora ela estaria dando aula as meninas de 12 anos que estão se acostumando com a sapatilha de ponta.

Olhei para cima a e sua voz grave preencheu meus ouvidos.

— Lydia Paz?

Meus olhos se arregalados e por conta do seu óculos escuro não poderia saber sua expressão do momento. Ao lado, na janela, pude ver que estava mais nublado ainda.

O cabelo de sempre, e de perto parecia ainda mais brilhoso pelo gel. Uma jaqueta preta e a mesma corrente prata de ontem. O que ele queria? Me xingar por ter postado um artigo sobre ele, sabendo que existem outros milhares de site fazendo o mesmo?

— Eu li mais de 5 páginas de fofocas, mas só o seu dizia ser combinado.

— É isso mesmo — me levantei, indo até ele. Suas mãos pararam em seus óculos e ele os tirou, franzindo as sobrancelhas.

— Pensei que jornalistas não podiam expressar opinião em artigos.

— Posso sim, é uma fofoca — coloquei as mãos em minha cintura e ele fez o mesmo, me imitando.

— E como pode explicar isso que escreveu?

— Simples. Estava indo embora da boate quando vi os dois conversarem rapidamente. Ela deixou um copo e saiu.

Ele pareceu ficar pensativo por um momento e tirou as mãos da cintura.

— Tenho foto.

Assim que liguei meu celular ele veio ao meu lado, quase apoiando o queixo em meu ombro.

— Não vi essa foto na Internet — ele disse sério e me olhou, podia sentir sua respiração quente e isso trazia um certo desconforto.

— Pretendo usar de argumento quando Taylor se pronunciar...

— Não vai não.

— Vou sim — rebati e me virei, estava mais uma vez frente a frente com o moreno.

— Quero seu número, então.

— Parece que sua namorada tá de caso com alguém e vai fazer o mesmo?

— Só quero que me mande a foto.

Deixei a boca um pouco aberta, havia me precipitado.

— É esse aqui — entreguei um pequeno papel e ele soltou uma risada nasal, voltando a usar seus óculos escuros em pleno dia nublado.

— Vai. Você é bonita sóbria.

Meu rosto se transformou em completo choque, e só vi ele sair com seu andar desfilado e sumir ao virar o corredor.

— Quem é esse? Seu namorado? — Callangham apareceu, com dois copos de café e um sorriso presunçoso.

— Alex Turner.

— Que? O homem que você escreveu sobre?

— É, infelizmente.

Ouvi sua risada cínica e ele deu meia volta, até sua sala. Pensei que aquele outro copo era para mim.

WET STAGE - 𝑨𝒍𝒆𝒙 𝑻𝒖𝒓𝒏𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora