20 | Branco da paz

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Sabe se muitas coisas sobre Alex Turner. Não o suficiente por que ele sempre foi um pouco reservado. E isso acontecia com outros famosos também.

Sempre tinha umas pessoas procurando saber o que ele mesmo sabia da própria letra. Isso assustava, principalmente por que Alex Turner estava bem na minha frente agora. Ele cheirava colônia forte masculina, tinha uma corrente prata no pescoço e um sorriso travesso tão perto do meu que poderia sentir seu hálito de melancia com álcool.

— Por favor, aceita, vai.

Ele tinha me beijado algumas vezes, talvez 10. Por que tentava a todo custo me tirar de casa. Era meia noite de sexta feira, o tempo passava tão rápido que esmagava toda a experiência que tive em meses.

— Sempre que saio com você eu gasto muito..

— Isso não é desculpa, linda. Você quem se recusa a aceitar meu cartão!

Era verdade. Tinha só verdade em seu olhar. Tinha só verdade no seu corpo grudado no meu, mesmo no pub cheio.

— Eu recuso por que... Por que eu trabalho e posso pagar minhas contas.

— Então...

Alex me olhou como um cachorrinho abandonado. Não era todos os dias que eu era convidada para viajar com tudo pago mesmo. Mas seria muito concreto sair com Alex assim. Eu ainda não tinha certeza do que éramos.

— Por favor.

Ele tinha coisas em mentes.

— E... E a internet? E as pessoas, Alex? Voce sabe que no final eu recuso por causa disso.

— De novo isso? Você ainda não entendeu que eu quero você por inteira? Eu pretendo te pedir em namoro, porra!

Meus olhos viraram pedras no seu rosto.

— Já não tenho mais certeza se você é sincero. Tá tudo bem só ser um rolo, Alex.

Aquilo obviamente não o agradou, ele rapidamente tirou os braços de cima do meu ombro e suspirou fundo, ficando em silêncio e tomando um gole longo da sua cerveja.

— Vou te levar pra casa. Tá?

— Tá bem.

Com uma certa dificuldade Alex sacou a carteira do bolso, pagou tudo que devíamos e andou para fora do pub com um cigarro apagado nos lábios.

— Isso quer dizer que acabou?

Ele parou, olhando a rua vazia, negando com a cabeça enquanto ciscava com os dedos o isqueiro.

— Não. Só quer dizer que eu não sou só seu então.

— Tá bem.

Tinha quase certeza de que Alex odiava quando eu apenas respondia isso.

— Vou chamar um táxi...

Essas foram as últimas palavras que ouvi dele naquela noite. Ele acendeu o cigarro de vez, ficou esticando o corpo enquanto nos esperávamos, e acenou como despedida enquanto eu entrava no carro amarelo e branco.

Minha cabeça começou a pesar definitivamente depois daquilo. Mas eu deveria suportar. Alex realmente iria me tratar só como uma ficante e eu quem pedi por isso. Mas não aguentava quando Tamires apareceu na porta com flores brancas e super animada.

Ela não sabia.

— Amiga! Ele é tão fofo. Nunca pensei que poderia começar a sair com um amigo de infância... E esse amigo ser o próprio Alex!

Merda.

— Tamires... Começaram a sair quando?

— Desde que nós reencontramos.

Afinal de contas, Alex já me tratava como uma ficante desde sempre.

— No dia do show?

— Sim! Ele me fez um poema. Me deu essas flores hoje.

— Posso ver?

Com total certeza da alegria que sentia, Tamires me entregou o pequeno papel branco cartolinado. Tinha detalhes e podia se dizer que era de Turner apenas pela letra.

"Flores brancas, pra representar que tudo que é nosso é novo e puro. Aliás, combina com seu tom de pele..."

WET STAGE - 𝑨𝒍𝒆𝒙 𝑻𝒖𝒓𝒏𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora