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Suas mãos deslizavam por minha cintura como se eu fosse uma simples boneca em sua posse. Era facilmente rendida de um jeito desastroso por Alex. Era estranhamente bom a forma que apenas em seus beijos e toques conseguia me fazer pensar abertamente sobre o quanto eu achava ele atraente.
Resmunguei um palavrão quando senti sua língua quente entrar em contato com meu pescoço. Afundei minha mão no cabelo de sua nuca, pedindo por mais, e percebi seu rosto lentamente começar a abaixar, junto de suas mãos procurando o feche do meu sutiã.
Suas mãos pararam em minhas coxas que foram suspendidas, parei ofegante olhando entre seu ombro e porta que estávamos a segundos atrás. Ele prendeu meu corpo ao sofá branco e se apressou em tirar o resto da minha roupa.
Arfei contra sua pele quando o mesmo chegou mais perto, e um arrepio se alastrou por todo meu corpo ouvindo barulhos de chave e a maçaneta girando.
Alex parecia tão assustado quanto eu, se desgrudou de mim tentando a todo custo ajeitar minha blusa e me sentar no sofá como uma menina civilizada.
Ele se levantou pulado apenas com um pé e foi em direção a porta que foi aberta por uma moça pouco baixa e roupas florais.
— Mãe, pensei que voltaria mais tarde.
Ela nem havia tocado a campanhia, então cerrou os olhos para o filho e logo para mim, abrindo um sorriso.
— Essa é a jornalista que está te ajudando?
Sorri de volta, e mesmo que estivesse morrendo de vergonha teria que mostrar o contrário. Olhei para Alex aflito e recolhi minhas coisas, me levantando.
— Mas eu já estou de saída...
Passei pelo moreno e pude sentir seus olhos me perfurarem.
— Por que não fica? Acabei de voltar do mercado e posso fazer algo para comerem.
Encarei a senhora que pelo seu sorriso meigo era imperdoável recusar, mas não queria ficar nem mais um segundo naquela casa.
— Muito obrigada, Senhora Turner. Eu preciso realmente ir. Foi um prazer conhece-la.
Ela concordou com a cabeça e não fiz questão de olhar para trás para me despedir do moreno. Apressei meu passo até a esquina, que não era tão longe, e querendo ou não já não podia ignorar o barulho da bota que Alex sempre usava. Me virei bruscamente e piscando um pouco, percebi um velho qualquer.
Queria por um frisco que fosse ele me agarrando. Mas nem isso podia permitir-me querer.
Suspirei fundo e cumprimentei o moço que passou atravessando a rua, saindo do meu campo de visão. Voltei a me virar decepcionada, com o celular em mãos chamando por um motorista.
— Vai voltar?
Encarei, dos pés a cabeça. E neguei com a cabeça. A vizinhança era quieta, padronizada e tenho certeza que por isso Alex preferia ficar na casa dos pais do que na sua. Ninguém aqui o conhecia, eram todos velhos.
— Foram só alguns beijos, Alex. Eu sou quem escrevo e vou te entrevistar, não sou quem é fotografada e entitulada como Ficante sua.
— Exato, Lydia. Foi só um beijo.
Talvez ele estivesse certo em um ponto, mas eu me conhecia. Sabia que se me entregasse uma única vez a ele não conseguiria largar de jeito nenhum, e sobre essas circunstâncias eu não podia.
— Fique bem bonito pra eu postar fotos suas na semana que vem.
Ele suspirou, e encarou os lados e tentou entregar algo. Apenas aceitei quando abaixei o rosto para ver o que era. A peça preta de renda estava enrolada nos seus dedos. Mordi meus lábios irritada e as tirei dali.
— Não fica assim. Eu podia guardar pra mim.
— Até mais, Alex.
— Da próxima vez eu guardo, então.
Pude ouvir sua risada nasal e em passos rápidos fui até o carro que me esperava do outro lado da rua. Entrei atordoada e me ajeitando com as bolsas.
Pude ouvir as chaves da minha casa se chocando. Por algum motivo ainda estava nervosa e agradeci mentalmente quando Harvelh abriu sen que eu precisasse pedir.
— Chegou agora? Eu estava de saída.
Reparei seus braços cheio se sacolas e piscando os olhos concordei com a cabeça, não me importando muito. Éramos melhores amigas e morávamos juntas, mas nossos encontros eram poucos.
Quase 5 horas da tarde, e comecei a receber mensagens de Callangham sobre eu ter faltado hoje. Apenas esqueci de pedir minha demissão.
Depois de fazer um discurso na cabeça, de como eu explicariam para ele, atendi o telefone e me aconhecguei no sofá.
— Lydia hoje você não veio, e ainda não fez questão de me mandar uma mensagem.
Sua voz soava irritada, e me lembrei agora que seria um livramento sair daquele escritório. Callanghan teria que caçar outra pessoa para me substituir, já que eu fazia algo, pelo menos. Quase tudo pra falar a verdade.
— Eu esqueci de pedir minha demissão, Chefe. Amanhã passo aí para resolvermos as coisas.
Ele não falou nada, mas ouvi um suspiro e logo fui desligada.
Não iria mais ver a cara daquela loira com echarpes horríveis, que estranhamente me lembravam Taylor e suas roupas de modelo.
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WET STAGE - 𝑨𝒍𝒆𝒙 𝑻𝒖𝒓𝒏𝒆𝒓
Fanfiction★ - A primeira fúria que surgiu em seu peito por ela foi quando leu seu nome no final da notícia em que falava tão descaradamente que sua namorada estava mentindo. A confusão de uma celebridade era a maior responsabilidade de Lydia, e nunca se imagi...