11 | pregos no sofá

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Suas mãos deslizavam por minha cintura como se eu fosse uma simples boneca em sua posse. Era facilmente rendida de um jeito desastroso por Alex. Era estranhamente bom a forma que apenas em seus beijos e toques conseguia me fazer pensar abertamente sobre o quanto eu achava ele atraente.

Resmunguei um palavrão quando senti sua língua quente entrar em contato com meu pescoço. Afundei minha mão no cabelo de sua nuca, pedindo por mais, e percebi seu rosto lentamente começar a abaixar, junto de suas mãos procurando o feche do meu sutiã.

Suas mãos pararam em minhas coxas que foram suspendidas, parei ofegante olhando entre seu ombro e porta que estávamos a segundos atrás. Ele prendeu meu corpo ao sofá branco e se apressou em tirar o resto da minha roupa.

Arfei contra sua pele quando o mesmo chegou mais perto, e um arrepio se alastrou por todo meu corpo ouvindo barulhos de chave e a maçaneta girando.

Alex parecia tão assustado quanto eu, se desgrudou de mim tentando a todo custo ajeitar minha blusa e me sentar no sofá como uma menina civilizada.

Ele se levantou pulado apenas com um pé e foi em direção a porta que foi aberta por uma moça pouco baixa e roupas florais.

— Mãe, pensei que voltaria mais tarde.

Ela nem havia tocado a campanhia, então cerrou os olhos para o filho e logo para mim, abrindo um sorriso.

— Essa é a jornalista que está te ajudando?

Sorri de volta, e mesmo que estivesse morrendo de vergonha teria que mostrar o contrário. Olhei para Alex aflito e recolhi minhas coisas, me levantando.

— Mas eu já estou de saída...

Passei pelo moreno e pude sentir seus olhos me perfurarem.

— Por que não fica? Acabei de voltar do mercado e posso fazer algo para comerem.

Encarei a senhora que pelo seu sorriso meigo era imperdoável recusar, mas não queria ficar nem mais um segundo naquela casa.

— Muito obrigada, Senhora Turner. Eu preciso realmente ir. Foi um prazer conhece-la.

Ela concordou com a cabeça e não fiz questão de olhar para trás para me despedir do moreno. Apressei meu passo até a esquina, que não era tão longe, e querendo ou não já não podia ignorar o barulho da bota que Alex sempre usava. Me virei bruscamente e piscando um pouco, percebi um velho qualquer.

Queria por um frisco que fosse ele me agarrando. Mas nem isso podia permitir-me querer.

Suspirei fundo e cumprimentei o moço que passou atravessando a rua, saindo do meu campo de visão. Voltei a me virar decepcionada, com o celular em mãos chamando por um motorista.

— Vai voltar?

Encarei, dos pés a cabeça. E neguei com a cabeça. A vizinhança era quieta, padronizada e tenho certeza que por isso Alex preferia ficar na casa dos pais do que na sua. Ninguém aqui o conhecia, eram todos velhos.

— Foram só alguns beijos, Alex. Eu sou quem escrevo e vou te entrevistar, não sou quem é fotografada e entitulada como Ficante sua.

— Exato, Lydia. Foi só um beijo.

Talvez ele estivesse certo em um ponto, mas eu me conhecia. Sabia que se me entregasse uma única vez a ele não conseguiria largar de jeito nenhum, e sobre essas circunstâncias eu não podia.

— Fique bem bonito pra eu postar fotos suas na semana que vem.

Ele suspirou, e encarou os lados e tentou  entregar algo. Apenas aceitei quando abaixei o rosto para ver o que era. A peça preta de renda estava enrolada nos seus dedos. Mordi meus lábios irritada e as tirei dali.

— Não fica assim. Eu podia guardar pra mim.

— Até mais, Alex.

— Da próxima vez eu guardo, então.

Pude ouvir sua risada nasal e em passos rápidos fui até o carro que me esperava do outro lado da rua. Entrei atordoada e me ajeitando com as bolsas.

Pude ouvir as chaves da minha casa se chocando. Por algum motivo ainda estava nervosa e agradeci mentalmente quando Harvelh abriu sen que eu precisasse pedir.

— Chegou agora? Eu estava de saída.

Reparei seus braços cheio se sacolas e piscando os olhos concordei com a cabeça, não me importando muito. Éramos melhores amigas e morávamos juntas, mas nossos encontros eram poucos.

Quase 5 horas da tarde, e comecei a receber mensagens de Callangham sobre eu ter faltado hoje. Apenas esqueci de pedir minha demissão.

Depois de fazer um discurso na cabeça, de como eu explicariam para ele, atendi o telefone e me aconhecguei no sofá.

— Lydia hoje você não veio, e ainda não fez questão de me mandar uma mensagem.

Sua voz soava irritada, e me lembrei agora que seria um livramento sair daquele escritório. Callanghan teria que caçar outra pessoa para me substituir, já que eu fazia algo, pelo menos. Quase tudo pra falar a verdade.

— Eu esqueci de pedir minha demissão, Chefe. Amanhã passo aí para resolvermos as coisas.

Ele não falou nada, mas ouvi um suspiro e logo fui desligada.

Não iria mais ver a cara daquela loira com echarpes horríveis, que estranhamente me lembravam Taylor e suas roupas de modelo.

WET STAGE - 𝑨𝒍𝒆𝒙 𝑻𝒖𝒓𝒏𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora