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—— Com licença. —— uma voz calma e baixa foi escutada, a pessoa adentrou então no laboratório segurando o que pareciam ser panos bem dobrados em um dos seus braços. —— Mestre, eu trouxe as roupas para a jovem mestra.
Beelzebub que estava até então arrumando alguns frascos no armário, virou-se e se aproximou da serva.
—— Você trouxe diversas opções.
—— Bom, como o senhor me deu a permissão e liberdade de escolher as vestimentas, eu decidi trazer das mais variadas, assim a jovem mestra poderá escolher.
A serva parecia contente, como se esperasse algum reconhecimento por seu esforço e dedicação.
O demônio suspirou, levantando a mão e dando tapinhas na cabeça da criada, esta sentiu-se realizada, como uma criança sendo reconhecida e valorizada pelos pais.
—— Você fez bem Cent. —— Beel elogiou a serva. —— Agora, as roupas foram feitas sob medidas?
O anjo caído dirigir-se até onde a criança estava acostada, a mesma fuçava alguna livros e anotações do pai.
—— Todinhas! A jovem mestra poderá escolher a que for de seu gosto e agrado e ainda assim poder usar as outras.
A criança se levantou, indo para junto da serva.
—— Por favor Cent, a auxilie caso ela precise de ajuda para fechar zíperes ou botões. —— Beelzebu pediu enquanto arrumava os livros que foram largados no chão pela criança.
—— Claro meu senhor.
Desta forma, a criança foi juntamente com a serva. No corredor, já fora do escritório, a menina começou a coçar os olhos com força chamado a atenção da serva.
—— Jovem mestra, você está bem? —— perguntou preocupada, se agachou para igualar seu tamanho com o da menina verificando a mesma.
—— Sono.... —— a criança esticou as mãos, um óbvio sinal de "quero colo" que foi muito bem interpretado pela criada.
A serva apenas sorriu, levantando-se e agarrando a criança cuidadosamente.
—— Vamos até o seu quarto te trocar, temos que nos despedir do Senhor Beelzebub logo logo.
—— Irmã, papai vai sair? —— a criança falava com certa dificuldade, seja essa dificuldade por culpa do sono ou por culpa da pouca idade.
—— Por favor senhorita, apenas me chame de Cent ou serva, não sou digna de tal compaixão. —— A serva sentiam-se constrangida e envergonhada, sempre considerou o Demônio como uma figura paterna e ter a filha do mesmo o chamando de irmã a fazia sentir-se pertencente a uma família. —— Sim, o mestre disse que fará uma viagem até o inferno, ele não disse quando voltará ao submundo.
—— uhummm.
A criança era a própria encarnação dos espíritos demoníacos que Belphegor comandava, a preguiça era definitivamente o pecado da criança.
A jovem riu, adentrando no quarto.
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O senhor das moscas se aproximou dra criança que segurava a mão da serva, abaixando-se ao nível da mesma.
—— Eu não sei quanto tempo demorarei por lá, mas volta assim que possível. —— o demônio depositou um beijo na testa da criança, a franja recém cortada expunha a testa da mesma. —— Prometa-me que se comportará na minha ausência, certo Sheol?
A criança sorriu, ela agora tinha um nome.
—— Eu prometo papai.
'Papai se foi, sabe-se lá fazer o que' era o que pensava a garota, ela já estava com saudades.
Beelzebub pensava que quanto antes sair de lá, menores as chances de Satã fazer algo para com sua filha amada.
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O demônio caminhava incansavelmente, era agora.
Ele definitivamente encontraria uma forma de expulsar Satanás de seu corpo.

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𖤐 𝗠𝗼𝗰𝗸𝗶𝗻𝗴𝗯𝗶𝗿𝗱 | 𝖡𝖾𝖾𝗅 𝖣𝖺𝖽!
Исторические романыBeelzebub decidiu que cuidaria daquela criança.