Laranja

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Tudo vem em ondas, tsunamis para ser mais exato, as lágrimas não param, a cada lembrança dos atos não feitos, das palavras não ditas, dos amores e lembranças perdidas, do grito preso na garganta.


Não era real, mas parecia, ali uma parte de mim foi perdida, dentro da realidade da perda no grito de outra pessoa.


O cansaço de se dar conta de que o ciclo de uma história teve seu começo, meio e fim, uma história que me trazia memórias boas e que me levava a sair de órbita pra me esquecer um pouco do peso de ser eu.


Irônico pensar que "o lugar" que me fazia esquecer de ser eu, esqueceu como era ser a si mesmo, se tornando apenas uma casca vazia igual o criador dessas poesias.


Para: G.L.M

Poemas noturnosOnde histórias criam vida. Descubra agora