Nothing Could Be Worst (Zayn Malik FanFic) *TERMINADA*

Capitulo 33

   Passaram horas e Kimberly estava a dormir. Eu, estava na sala de espera com os pais de Kim, com Jill e Louis. As pequenas foram deixadas em casa da vizinha, pois um hospital não é lugar para crianças.

- Relaxa Zayn, vai tudo correr bem. – diz Jill provavelmente pela quinta vez

   Não lhe digo nada, apenas a olho nos olhos e continuo a andar de um lado para o outro. São seis da manhã e nada de notícias. Eu simplesmente não posso esperar mais.

*P.O.V. Kimberly*

   Acordo com uma contração enorme, algo que tem acontecido nas últimas horas, mas nenhuma fora tão forte como esta.

- Zayn! – grito

   Uns segundos depois Zayn aparece na porta do quarto.

- O que se passa?

- Eu não aguento mais, chama uma enfermeira por favor!

   Zayn sai disparado do quarto e procura por uma enfermeira.

“Amber, sê boazinha para mim amor… A mamã está com muitas dores e eu não sei se vou conseguir…”, penso para a minha bebé.

   A minha bebé mexeu-se muito bruscamente o que me causou outra contração. A enfermeira aparece com um médico e a cara de Zayn é preocupada.

- O que se passa? – pergunto

- A bebé vai nascer agora. – diz o médico

   Levaram-me na maca para outro quarto e o que eu vi foi algumas enfermeiras e o médico apenas.

- O pai pode assistir? – pergunto

- Pode, mas ficará ao seu lado. Nada de passar para aqui.

   Zayn coloca-se ao meu lado e aperta-me a mão. Uma nova contração aparece o que me leva a apertar a mão de Zayn sem qualquer piedade. Estava tudo preparado para a chegada de Amber.

**

- Kimberly, aos três! Um, dois, três! – dizia a enfermeira

- Eu não consigo! – gritava enquanto fazia força

- Kim, tu consegues. Só mais uma vez.

   Fiz força apenas mais uma vez como Zayn tinha dito, e essa vez fora a gota de água. Senti-me vulnerável, sem forças e com dores… Muitas dores. O choro de bebé irradiou o quarto e logo vi o sorriso na cara de Zayn.

- Parabéns! Uma menina muito saudável! – diz o médico

   Sorri ao ver a enfermeira a embrulhar a minha filha numa manta.

*P.O.V. Zayn*

   A enfermeira deita Amber em cima de Kim e naquele momento apercebi-me que não poderia estar mais feliz.

- Amber… - diz Kim

- É linda… - digo

   Os olhos de Kim fecham-se lentamente e tudo o que eu pensava é que ela estava a aproveitar o momento. De repente, a enfermeira tira Amber dos braços de Kim e aí eu apercebo-me que algo não estava bem.

- O que se passa? – pergunto

- A pressão da mãe desceu, estamos a perdê-la. – diz uma enfermeira.

   Fui afastado por um enfermeiro, que tinha chegado recentemente, e colocaram-me sentado nas cadeiras de plástico cinzentas, de um corredor. A porta que estava a minha frente era a porta que me separava dela. Eu quero saber o que se passa e ninguém me dá explicações.

   Passou cerca de quarenta minutos, não tenho bem a certeza pois não tinha relógio, e um médico aproximou-se de mim. O médico que assistiu ao parto.

- Como é que ela está?

- Lamentamos imenso o que aconteceu mas a sua namorada não resistiu ao parto.

- Como assim não resistiu? Não me está a dizer que ela simplesmente…

- Lamento Zayn… A Kimberly faleceu.

   As lágrimas escorreram-me pelo rosto e apenas me consegui sentar e chorar com a cabeça sobre as mãos. Ela não pode ter morrido. Como é que eu vou sobreviver sem ela? Como vou cuidar de Amber sozinho?

   Levaram-me até ao corredor onde estavam os pais de Kim, Jill e Louis. Quando me viram as suas expressões faciais mudaram.

- O que se passou? – pergunta Jill

   Sabia que aquela pergunta iria ser fatal para mim. Desabei novamente em lágrimas e apenas me abracei a Daniel.

- Zayn… Como está a minha filha? – pergunta-me

- Daniel… Ela morreu logo a seguir ao parto…

   A notícia chocou todos como era esperado, Jill abraçara-se a Louis e Daniel abraçara-se à sua mulher. Eu estava ali, sozinho. A pensar para mim mesmo como seria a minha vida.

- Ela está ali. Terá de ficar na incubadora até completar os nove meses. – diz a enfermeira

- Posso estar com ela? – pergunto

- As horas que quiser. Precisaremos de alguém para a alimentar. – sorriu-me

- Estarei aqui todos os dias até levá-la para casa.

   Entrei no quarto onde estava a incubadora de Amber. Era tão pequena, tão frágil, tão delicada, tão linda… Era a ela que eu devia o meu tempo e o meu amor. Apenas ela mostra a ligação que eu tinha com Kimberly. Uma ligação que jamais poderá ser quebrada.

*3 meses depois*

   Amber veio para casa no mês passado. Tem sido complicado para mim adaptar-me a isto tudo sozinho. Neste momento tenho estado em casa dos pais de Kimberly pois não consigo ainda estar sozinho na nossa casa. Falta sempre algo, falta sempre o cheiro dela, o seu riso. Falta simplesmente ela. 
As suas irmãs deixaram-se ir muito abaixo com tudo o que aconteceu, o que é normal. A ligação entre elas tinha-se tornado tão forte nos últimos tempos… A maneira que elas arranjaram para ocupar a cabeça é cuidar de Amber.

   Comecei a trabalhar novamente na semana passada e Amber tem ficado aos cuidados dos avós e das tias, claro. Quero organizar-me novamente para levar Amber para casa e iniciarmos a nossa vida a dois. É tudo o que quero neste momento.

Já se passaram três meses desde que perdi Kimberly. Tem sido doloroso para todos nós. A vida é cheia de metáforas. Cheia de ironia. E só não a conseguimos controlar porque o nosso ser adapta-se às limitações que lhe são dadas. O ser humano aparenta ser forte, mas não passa de algo que vive a favor de tudo o resto. Não são as coisas que dependem de nós, somos nós que dependemos delas. Mas não vemos isso até nos porem à prova. Que prova foi a minha? Depois de tudo, ter uma família. A prova não bem concedida e porquê? Porque muito mais doloroso que seja, a vida será mais tarde ou mais cedo, justa para nós.

FIM
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Parece que acabou... Espero que tenham gostado! Eu adorei escrever esta história!
Para último capítulo gostava que tivesse alguns comentários e votos... Beijinhos! Obrigado por tudo :-)