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- O que é isso?

Sanji estava sentado na calçada, do lado de fora do restaurante em que trabalhava. Estava fumando um cigarro para aliviar a tensão criada recentemente; Vivi havia tentado abusar de Nami.

O loiro se identificou um pouco com aquilo, afinal, seu pai era uma pessoa muito abusiva.

- Toma. - Zoro apareceu de repente, lhe jogando um pedaço de papel e sentando-se ao lado.

- O que é isso?

Sanji virou o papel para analisar o conteúdo, parecia ser uma pequena carta.

- É para você - Zoro respondeu simples. - Leia em silêncio.

- O que...? - Sanji começou a varrer seus olhos pelo papel, lendo cada pequeno garrancho. Se surpreendeu com o que estava escrito, e corou violentamente com o final.



Sanji, eu não sou de escrever cartas,                 ou qualquer coisa que envolva um papel e uma caneta.

Mas mesmo assim, eu estou aqui escrevendo para você.

Por favor, me perdoa. Sei que teve bons motivos para não me dizer o que estava acontecendo, eu só fiquei mal por não ter me contado antes.

Você não é um covarde, e não falta confiança em você. Eu... eu te amo. Mas não vou dizer isso sempre, então nem me peça.

obs: volta logo, por favor, estou com abstinência de sexo.

obs 2: sim, eu pesquisei uma palavra difícil só para te agradar, porque você é majestoso.



- Gostei da observação. - Sanji admitiu, sem olhar para o namorado. Ainda estava em choque, processando a informação.

- Sabia que iria gostar - Zoro deu de ombros. - Volta para mim...

Sanji se sentiu quente ao lembrar dos abraços desleixados, mas confortáveis, do namorado. Recordou seus dias de beleza, onde ficavam cheios de máscaras de hidratação facial. Ficou nostálgico.

- Você demorou muito.

Sanji se virou para o esverdeado, dessa vez o encarando nos olhos.

- Achei que tivesse sido muito rápido...

- Poderia ter sido melhor.

- Eu te faço uma carta, e recebo isso? - Indagou. - Estava esperando um "obrigado" pelo menos.

Sanji riu.

- Obrigado, marimo.

- Não tem de quê, cozinheiro. - Zoro se inclinou para beijar o namorado, mas o chefe dele, chegou bem na hora.

- É isso que você faz no seu intervalo, berinjelinha!? - Zeff, o chefe do restaurante, rosnou.

- Não enche, seu velho.

Sanji se levantou enquanto dava tapinhas em sua roupas, para tirar a poeira que foi se acumulando.

- Olhe como fala comigo! - Zeff alertou. - Sou seu chefe!

- Tsc. - Sanji entrou no restaurante, mas não antes de depositar um curto e rápido beijo nos lábios de seu namorado.

Zeff era um parente distante de sua família, mas considerava-o seu próprio pai.

- Já falei que não quero você tendo relações com o berinjelinha! - Zeff bateu o pé no chão.

- E eu já te disse que você não manda em mim - Zoro retrucou no mesmo tom. - Eu não te devo nada.

•Cigarros na Lua• |Lawlu|Onde histórias criam vida. Descubra agora