❝𝟎𝟏𝟑❞

25 1 12
                                    

-Isso tudo é bem colorido... -Eu disse.

-Pois é! -Balloon Boy concordou. -Além das cores, sempre quis ver os balões!

Aqui tem diversas barraquinhas, além de ter uma espécie de palco elevado em relação ao chão, como um chafariz no meio dele.

-O que mais tem aqui? -Perguntei.

Balloon Boy se animou com minha pergunta.

-Na parte da manhã tem várias brincadeiras e gincanas! -Ele respondeu. -Só temos que achar os lugares...

Demos mais alguns passos até Balloon Boy largar minha mão e subir em um banco.

-Consegue ver alguma coisa? -O garoto perguntou.

-O que eu devo procurar então? -Perguntei.

A criança pulou de cima do banco.

-Tem umas barraquinhas cheias de brinquedos ali na frente. -Explicou. -É pra lá que temos que ir!

Olhei para trás a procura das barracas, até eu sentir um cheiro muito forte de doces. Parecia de algodão-doce, e talvez de alguns pirulitos.

-Acho que é pra lá. -Apontei para a direção do aroma.

Balloon Boy olhou para onde meu dedo apontava, agarrou minha mão e começou a correr até o local apontado.

-É ali mesmo, Mari!

***

Faz alguns segundos que Balloon Boy está olhando fixamente para um senhor vendendo balões. Ele parece gostar muito.

-Você... quer um balão? -Perguntei.

-Sim... mas tem que comprar...

"E eu não tenho dinheiro." Pensei.

-Mas ainda não temos fichas o suficiente. -Explicou o garoto.

-Fichas? -Murmurei. -Nesse festival é preciso fichas pra comprar as coisas?

O pequeno garoto assentiu com a cabeça.

-Nós ganhamos fichas comprando, ou ganhando mesmo.

Ganhar as fichas é a única opção.

-E como se ganha elas? -Perguntei.

-Jogando os jogos. -Explicou a criança. -Quanto mais pontos você fizer, mais ficha você ganha.

Agarrei sua mão suavemente e disse:

-Então vamos.

Um sorriso se abriu no rosto de Balloon Boy, então ele começou a olhar em volta, logo se encantando por uma barraca repleta de balões.

-O que tem lá? -Perguntei.

-Parece que é uma espécie de tiro ao alvo. Deve ter algo parecido com isso no mundo humano.

Tiro ao alvo... quando eu era criança, nunca fui boa nesse tipo de atividade, mas quando eu cresci, cresci treinando na Companhia de Caçadores de Demônios, e por causa desse treinamento, acabei aprimorando minha mira.

Demonic LoversOnde histórias criam vida. Descubra agora