-𝟎𝟑𝟖-

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   —Por que você está bravo comigo!? —Questionei. —Eu realmente não faço a menor ideia!

   Chris não respondeu, apenas suspirou, irritado. Será que é pelo fato de Nightmare ter me chamado de... "princesa"...? Isso é vergonhoso... Mas não tem porquê de ele ficar bravo comigo!

   —Eu ainda não acredito que você está disposta a desistir de sua missão pra ir atrás desse Glitchtrap! —Ele sussurrou.


...


   Ela é maluca!? Claramente o Glitchtrap foi invocado no Reino Phantom, sem sombra de dúvidas! Se ela for observar mais de perto, com certeza vai morrer! O Williem vai encontrá-la, e não vai deixá-la escapar!

   —Escuta aqui, você tem que abandonar essa ideia, não vale a pena!

   —Mas eu preciso! —Ela insistiu.

   Dá vontade de implorar pra ela desistir dessa ideia! Meu pa- o William não vai perdoar, e pelo tanto que eu o conheço, ele que deve ter invocado o Glichtrap!

   —Isso é loucura! —Continuei.

   —...Chris... —Nightmarionne me chamou. —Você está bem...?

   Ah, não. Estou ficando desesperado de novo! Tenho que agir de forma mais calma possível para ela não suspeitar de nada!

   —Eu? Eu estou super calmo. Calmíssimo! —Respondi.

   Minha respiração estava acelerada. Será que consegui convencê-la? Ela é muito atenta, mas não acho que seja boa notando as emoções e sentimentos dos outros... nesse caso, quanto menos ela perceber, melhor.

   —...Sei... —Ela murmurou, ainda visivelmente desconfiada.

   —Olha, eu acho melhor você pensar muito bem sobre isso... —Sugeri. —Você mais do que ninguém sabe que é muito perigoso!

   Ela revirou os olhos e gentilmente colocou sua mão em meu ombro, aparentemente visando me confortar.

   —Eu vou, e eu sei. —Nightmarionne avisou, logo dando dois tapinhas no meu ombro e saindo.

   Essa menina vai ser a causa da própria morte algum dia, viu. Mesmo sendo uma caçadora forte e habilidosa, ela realmente não vê quando que é perigoso? Ela passou horas estudando e aprendendo sobre Glitchtrap, e ele não é um demônio comum!

   Peguei a vassoura que estava encostada na parede e voltei a varrer. Parece que eu tenho que ficar de olho nela, senão vai acabar morrendo.

   —Evan? —Fredbear chamou meu nome.

   Engasguei em meus próprios pensamentos e me virei para ele, me curvando logo em seguida.

   —S-sim, Vossa Majestade? —Perguntei.

   Caramba, ele me assustou! De onde ele surgiu!?

   —Percebi que parece preocupado. —Explicou. —O que te perturba?

   Como é?

   Ele não era aquele 'principezinho' que só fala com os empregados quando estritamente necessário? E ele está me perguntando se tem algo de errado!? Não, ele deve estar me repreendendo. Fiquei tão preocupada com Nightmarionne que parei de fazer meu serviço. Fredbear está claramente sendo irônico.

   —Me desculpe, senhor Fredbear. —Me curvei um pouco mais. —Voltarei ao serviço imediatamente.

   Voltei a varrer o chão de madeira do corredor, mas percebi que o loiro não havia saído dali, mas pelo contrário: me chamou novamente e disse, dessa vez de forma mais rígida e mandatória.

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