❝𝟎𝟐𝟏❞

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Quando será que eu tenho que ir pra contar as histórias para as crianças? Já que, sinceramente, tem bastante gente aqui, estou ficando incomodada. Além disso, são muitos nobres, que podem facilmente descobrir que eu sou humana, e até conseguirem descobrir que sou um a caçadora de demônios...

-M-Mari... -Eu ouvi Balloon Boy chamar meu nome e logo abraçar minha perna.

-Sim? -Olhei para ele.

O menino estava quase chorando. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, e faltava pouco para ele desabar no meio do evento. Me pergunto o porquê de ele estar assim...

-Podemos sair daqui? -Ele pediu, com voz chorosa.

Ele está incomodado com as pessoas? Bom, com alguma coisa do evento ele está incomodado, e ele quer bastante sair de perto de todas essas pessoas, afinal, antes mesmo de eu responder, Balloon Boy começou a puxar minha perna.

-Ok, ok, podemos sair daqui. -Avisei. -Vem.

A criança ficou muito feliz com minha resposta, e segurou minha mão com força, para provavelmente não se perder de mim.

Eu acho melhor já ir para a sala das crianças, assim não vou perder o horário, além de não ter ninguém lá ainda. Vai ser bom para eu (e Balloon Boy) me acalmar.

Pelo fato de terem muitas pessoas, foi meio difícil de encontrar a porta que leva para aquela sala, mas eu consegui. Balloon Boy foi correndo para o meio da sala e respirou fundo, aliviado, logo enxugando algumas lágrimas que possuía no seu rosto. Encostei a porta e vi algumas estantes com livros infantis que eu nunca tinha visto, e que o menino ficou bem feliz ao vê-los, e foi direto até eles.

-...Ei! -Alguém disse para Balloon Boy. -Cuidado por onde anda!

-Ah... sinto muito. -Balloon Boy se curvou perante a figura (que era menor que ele).

Cheguei mais perto de ambos e consegui ver a segunda pessoa melhor. Era claramente uma criança. Seus cabelos eram meio encaracolados, num tom de loiro escuro, só que mais claros do que de Fredbear. Um par de orelhas de coelho acompanhavam o cabelo do menino, sendo da mesma cor do cabelo. Seus olhos eram amarelos, de uma cor que era impossível de não perceber, além de diversas cicatrizes em seu corpo. Ele estava vestindo uma camisa branca com uma pequena gravata borboleta cinza e uma bermuda com suspensório de cor meio esverdeada ou amarelada, mas não consegui afirmar qual seria a real cor de sua bermuda, já que a cor era escura.

-O que você tá fazendo aqui? -O menino loiro perguntou.

-Eu vim esperar a hora das histórias! -Balloon Boy respondeu.

-Pfft, deve ser aquelas mesmas historinhas bobas que a gente já ouviu umas milhares de vezes! -O "coelhinho" zombou.

-Não vai ser, não! -Ele defendeu. -Não vai ser porque a Mari que vai contar as histórias!

Por que será que esse menino está sempre me elogiando, hein? Eu não tenho nada de especial!

-Huh, quero ver se sua amiga vai conseguir inovar as histórias que a gente já sabe! -Ele duvidou.

-Espere só pra ver! -Balloon Boy sorriu.

O outro menino também sorriu, mas logo voltou ao seu livro, que era bem maior do que os outros que estavam na prateleira. Imagino o que ele está lendo...

Demonic LoversOnde histórias criam vida. Descubra agora