Sentido-Aranha: Clexa

A herói de Nova York

Os dias seguintes foram normais, nada de espetacular, Lexa focou toda sua atenção em Costia, se divertindo tanto com coisinhas bobas e momentos doces que esqueceu que tinha poderes e responsabilidades

— FESTA HOJE NA MINHA CASA — Jasper passou anunciando — SÓ PARA OS CONVIDADOS, É CLARO

— Por falar nisso, não vamos mesmo?

— Pode ir se quiser — deu de ombros — Tenho um seminário e uma prova semana que vem, é melhor não perder tempo

— Okay... — Wood passou lentamente o braço em volta dos ombros da garota, sorrindo gentil

Octavia observava Clarke em silêncio na biblioteca vazia, longe o suficiente da funcionária para um assunto confidencial. Mas Griffin não parecia muito afim de falar

— Quanto antes começar antes termina — avisou, mantendo sua paciência há uns 10 minutos de silêncio, a loira concordou e suspirou trêmula, quase tomando coragem

— Me desculpe, não posso te contar

— Então nossa amizade acaba aqui — Octavia se levantou

— Não precisa ser tão extremista, ainda somos amigas — Clarke a observou, perder Oc seria terrível, mas não dava pra contar

— Não, não somos mais — Blake tinha coisas para falar, mas deixou Clarke viver sem isso, seguindo para fora do local, Griffin ficou alguns minutos quietinha, de qualquer forma, não é como se isso fosse durar para sempre

Lexa esperou por Raven durante um tempo livre, a garota mais inteligente daquele mundo se aproximou com uma ficha em mãos, entregando-a

— Esses são meus registros sobre as atividades das aranhas, check-ups, datas, quantidade de gy que é a taxa de radiação e etc

— Obrigada, se eu não entender nada te ligo

— Claro minha heroína — Raven piscou pra ela, sorrindo

Lexa se aproximou e deu um beijinho em sua bochecha — Te vejo na festa do Jasper?

— Claro, festa é meu sobrenome — balançou os ombros fingindo dançar — Raven Festa Reyes

Lexa riu de seu jeito adorável, se despedindo antes de seguir a uma aula de atuação.

Murphy tinha uma aula em comum com Clarke todas as sextas, os dois ficaram em silêncio a maior parte do tempo, compartilhavam de um silêncio confortável

— Você é uma garota né...

— Até onde eu sei.. acho que sou — a loira o analisou, confusa — Por que?

— Será que a Emori tem algum interesse em mim? — manteve seu rostinho chateado, ele sentia falta dela, desde que seus olhos a viram, não conseguia mais pensar em outra coisa

— Ela super te dá bola — empurrou o ombro contra o dele — Acorda

— O que eu faço? Sou ruim em tudo que já tentei botar as mãos — parou seu olhar em um ponto fixo, travando — Talvez seja melhor deixar ela encontrar alguém melhor, não é?

— A festa de hoje será uma grande oportunidade — sorriu empolgada — Vai chegar nela, convidar pra dançar, ser engraçadinho, igual você sempre foi comigo