𝐆𝐮𝐢𝐭𝐚𝐫 𝐁𝐚𝐭𝐭𝐥𝐞

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Falun, Suécia
04/04/1999
14:30 da tarde

Já tinha se passado um tempo depois que acordei, tinha seguido minha rotina de sempre e como estava perto do horário de ir treinar com Eriksson, começo a arrumar as coisas da minha guitarra. Ouvindo a porta da frente abrindo e escutando uma voz animada e familiar. Era minha tia, Karin.

- Ih, já tá de mal humor por que? -Perguntou minha tia para a minha mãe.

- Trabalho Karin, trabalho. E essa menina que não para de sair, se ficar em casa é sempre com essa guitarra ligada toda hora, ruídos o tempo todo, me arrependi de ter comprado essa coisa com o pai dela! -Respondeu minha mãe, dando um suspiro profundo com as mãos na cabeça.

- Aah, para de ser chata Blenda, a menina tá na idade de aproveitar a vida, deixa ela seguir o sonho dela, eu em! -Reclamou Karin.

-Blenda suspira novamente e volta mexer no computador. - Veio fazer o que aqui?

- Tava aqui perto, então resolvi dar uma passadinha para ver vocês, aliás, cadê a Emelie?

- Tá lá em cima. -Disse Blenda focada no trabalho.

- Ata. -Diz Karin colocando café em uma xícara e bebendo.

Minha mãe e minha tia conversaram bastante. Quando percebi, já eram 15:15, então pego minha guitarra, coloco nas costas e saio do quarto. Descendo as escadas e passando na cozinha para beber água antes de sair, aonde minha mãe e minha tia ainda estavam.

- Tia Karin! Que saudade. -Digo abraçando a mesma.

- Oh, tudo bem min kärlek? -Diz minha tia me abraçando e logo separando, olhando para o meu rosto.

- Tá indo tudo bem, e com você? -Pergunto animada.

- Que bom que você tá bem kärlek, a tia tá ótima! Vai tocar aonde hoje? -Pergunta ela percebendo a guitarra em minhas costas.

- Ah, vou treinar com o Eriksson hoje, inclusive, vim só beber água, já estou de saída, tá bom mãe? -Digo enquanto enchia o copo com água e bebia.

- Você tá saindo demais com esse tal Eriksson, ontem mesmo foi um desses dias. -Responde minhas mãe.

- Aaah, vamos lá Blenda, você esquece que já foi jovem e já pegou muitos rapazes na adolescência? Deixa ela com os namoradinhos! Vai lá e arrasa min kärlek, depois me conta como foi! -Diz Karin.

- Tá bom, tchau! -Sorrio e aceno para a minha tia enquanto saio de casa.

Tia Karin morava em Linköping, mas vivia transitando entre lá e cá, sempre que possível, vindo aqui em casa ver como eu estou. Ela sempre me passa uma certa segurança, a única pessoa da família com quem eu me dou bem.

Ao chegar na casa de Per, cumprimento ele e seus pais. Ligamos as guitarras, começamos a treinar algumas músicas aleatórias, ele como guitarrista solo e eu como base, ajudando um ao outro em alguma dificuldade ou erro e afins. Depois de um tempo tocando, resolvo chamá-lo para uma batalha, uma batalha de guitarras.

- Tá afim de perder para mim hoje? -Falo desafiando Per.

- E quem disse que você vai ganhar?! -Disse Per começando a solar.

- Eu mesma. -Digo depois dele ter terminado o solo e começando o meu.

- E não é que você tá ficando boa? -Diz ele surpreso.

- Treinos e treinos! -Falo convencida fazendo o final do solo.

- Só não é melhor do que eu!

Passamos quase uma hora tocando e decidindo quem realmente tinha ganhado. Como sempre, Per havia ganhado, de novo.

- Não valeu, você errou aquele solo! -Digo jogando uma das minhas palhetas na cara dele.

- Aí! Eu não errei nadinha, você que não aceita sua derrota, tampinha. -Diz Eriksson pegando a palheta que eu havia jogado nele e jogando em mim de volta.

- Nossa, fala isso como se você fosse um poste e eu uma formiga! -Retruca Emelie.

-Eriksson ri. - Calada meia sombra.

- Vai lá monte Everest. Você só é 9 cm maior do que eu! -Reclamo.

- Quer parar de brigar e voltar a focar no treino? -Pede Eriksson.

- Mas você...

Antes que eu pudesse terminar a frase, Per tampa a minha boca e fica mais perto de mim, sem perceber, sinto meu rosto ficar um pouco vermelho.

- Calma aí tampinha, é só uma batalha, se você ficou desse jeito na brincadeira, imagina de fosse uma batalha de verdade! E por que seu rosto tá vermelho? -Eriksson pergunta com um sorriso e uma cara confusa.

-Eu apenas pisquei várias vezes seguidas olhando em seus olhos, desvio o olhar, retiro sua mão da minha boca e ele se afasta. - Vamos continuar, aonde paramos?

- Aaah, já sei o por que. -Ele ri. - Tudo bem, vamos continuar.

Haviam se passado 2 horas depois disso. Pisquei quando estava olhando para o relógio, já eram 18:30. Meus planos depois de sair da casa de Per, era ver o pôr do sol no parque, ao ver que já estava perto do sol se pôr, começo a guardar minha guitarra e todo o resto.

- Eu tenho que ir agora, vou dar uma passadinha no parque, beleza? -Digo em meio a arrumação dos cabos da guitarra.

- Tudo bem, até depois! -Diz Eriksson.

-Coloco a guitarra nas costas e vou em direção a porta, dando tchau e saindo.

O parque não era tão longe, era entre o caminho da minha casa e da casa de Per, algumas raras vezes ele me acompanhava no local, não o chamei dessa vez por precisar de um tempo, precisava de um tempo sozinha para pensar, apenas minha presença. Ao chegar no local, me sentei em um banco, em frente ao pôr do sol, que havia acabado de começar. Enquanto os pequenos raios de sol batiam em meu corpo, eu refletia. O tempo pode passar em um piscar de olhos, quando se percebe, já se passaram dias, semanas, meses, anos, séculos, vidas. E quando se olha...


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E quando se olha eu já não tenho mais criatividade, por isso o capítulo um pouco ou muito curto, mas acalmem e preparem os corações para os próximos caps, vem muitas coisas não esperadas por ai! Beijinhos elétricos da Ghuleh. 🎸

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1004 palavras.

– ♪ 𝕲𝖍𝖔𝖚𝖑𝖊𝕰𝖑𝖊𝖈𝖙𝖗𝖎𝖈

𝘐𝘛 𝘞𝘈𝘚 𝘠𝘖𝘜, 𝘐𝘛 𝘈𝘓𝘞𝘈𝘠𝘚 𝘞𝘈𝘚. (Sodo/Per Eriksson)Onde histórias criam vida. Descubra agora