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Diretora

Narrador POV-

Em mais um dia aparentemente comum, Marília Dias Mendonça, também chamada como Senhorita Dias por seus colegas e de Senhorita Mendonça pelos alunos de sua escola, estava em seu gabinete, fazendo coisas do cotidiano de uma diretora.

Mendonça parecia neutra.
Era uma segunda-feira, um dia um tanto quanto sem graça para Mendonça. Haviam poucos alunos, não haviam muitas aulas, a maioria do tempo Marília se encontrava encarando o teto de sua sala enquanto pensava em oque faria para ela jantar essa noite.

Foi possível ouvir sons de batidas na porta do gabinete da direção, puxando atenção total de Mendonça, que ajeitou sua postura e deu permissão para que o desconhecido entrasse.

— Licença, senhorita Dias. — Uma professora adentra a sala de Marília.
Era uma professora mais nova, aparentava ter pelos seus 25 anos.

— Olá, Ana. Do que gostaria? — Mendonça curva seu corpo para frente, dando atenção a moça morena a sua frente.

— Entre. — Ana falou de forma grossa para alguém que a acompanhava.

Logo então foi possível ver os fios ruivos, pele branca, calça rasgada e blusa com a barriga à mostra.

— Maiara Carla. — Mendonça tentou soar decepcionada. Não que ela não estivesse, já eram incontáveis as vezes que a ruiva havia ido ao escritório de Mendonça.

— Sentiu minha falta, Marília? — Maiara chamava-a de uma forma que poucos chamavam. Pelo seu nome.

Normalmente se referiam a loira pelos seus sobrenomes. Mas Maiara não. Maiara gostava de ver o brilho no olhar de Mendonça ao ser chamada de forma, consideravelmente, quente por maiara.

— Oque aconteceu, professora? — Mendonça perguntou enquanto encarava Maiara com imensidão. Aqueles olhos castanhos pareciam ver até o segredo mais profundo escondido dentro do peito de Maiara.

— Então, Senhorita Dias. Maiara Carla está impossível dentro de sala! — A professora dizia irada. — Ela não presta atenção nas aulas, não faz as atividades, não fica em silêncio. E eu não estou conseguindo aguentar mais essa menina. Está impossível! — Ana falou visivelmente irritada, enquanto Mendonça intercalava os olhares entre Maiara e Ana.

— Está bem, professora. Pode deixar que eu resolvo isso aqui. — Mendonça cruzou os dedos das mãos e colocou-as sobre a mesa, olhando Maiara profundamente.

Enquanto Mendonça a reprovava com o olhar e sua professora esculachava-a à sua frente, Maiara permanecia serena.
Realmente aquelas palavras não a afetavam.

— Obrigada, diretora. — A professora Ana logo saiu do gabinete de Marília, deixando-as sozinha ali dentro.

— Então? — Marília perguntou a ruiva, esperando, no mínimo, um pedido de desculpas.

— Então oque? — Maiara respondeu cinicamente, como se tivesse sido levada ali por engano.

— Não sei se você está fingindo ou se realmente você não ouviu tudo oque sua professora falou. — Mendonça fechou aos seus olhos, pedindo paciência aos céus.

— Eu ouvi. Mas não pense que eu vou ajoelhar no chão e pedir perdão por ter sido eu mesma dentro de sala de aula. — Maiara jogou seu corpo para trás, relaxando suas costas sobre as costas da cadeira.

— Maiara, não comece com suas gracinhas comigo. Eu não sou uma de suas professoras que você acha que pode desrespeitar. — Mendonça mostrou a superioridade que ela tinha, fazendo Maiara recuar um pouco.
— Agora me diga. Por que anda se comportando tão mal dentro de sala de aula? —

Amor e Sexo • Mailila Onde histórias criam vida. Descubra agora