Capítulo 3: A Dança Proibida

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A melodia encheu o salão com uma cadência elegante, convidando os pares a se unirem em uma dança graciosamente coreografada. O salão estava repleto de damas e cavalheiros, cada um adornado em trajes exuberantes que refletiam a riqueza e a elegância da alta sociedade do século XIX. No centro da movimentação estava Lady Charlotte Whitman, uma visão de beleza clássica, com seu vestido cintilante e cachos suaves que dançavam em harmonia com seus movimentos.

Ao seu lado, seu irmão Henry, o protetor vigilante, mantinha uma postura de firmeza e determinação. Seus olhos perscrutadores examinavam cada cavalheiro que se aproximava, certificando-se de que nenhum se atreveria a desafiar a integridade de sua amada irmã de 16 anos. Henry era um guardião dedicado, e a proteção de Charlotte era um compromisso que ele levava a sério.

Enquanto a música fluía, Charlotte e Henry entraram na pista de dança, movendo-se em perfeita sincronia. A graça de Charlotte contrastava com a postura firme de Henry, criando uma cena de harmonia e proteção. Seus passos eram elegantes e seguros, como se dançassem ao ritmo de uma melodia que apenas eles podiam ouvir.

Cavalheiros ousavam lançar olhares de admiração na direção de Charlotte, mas nenhum ousava desafiar a autoridade implícita de Henry. A jovem Lady estava segura em seu mundo de dança, protegida pelo amor e devoção de seu irmão.

A dança era mais do que um mero entretenimento naquela noite; era uma declaração de que o laço entre Charlotte e Henry era inquebrável. Enquanto os outros pares giravam e se moviam ao seu redor, os dois formavam uma unidade sólida, enfrentando o mundo juntos.

— Henry, não pode continuar a me vigiar como se eu fosse uma criança indefesa — protestou Charlotte, seus olhos brilhando com uma mistura de frustração e determinação.

Henry olhou para ela, a preocupação pintada em seu semblante. 

— Charlotte, você é minha irmã mais nova e é meu dever protegê-la. Não posso simplesmente ignorar os perigos que rondam nossa sociedade.

Charlotte suspirou, compreendendo a intenção benevolente de Henry. No entanto, ela ansiava por liberdade e independência. 

— Eu entendo, Henry, mas também preciso aprender a navegar por este mundo. Não posso sempre depender de sua sombra protetora.

Henry colocou uma mão gentil no ombro de Charlotte. 

— Você é preciosa para mim, Charlotte. Não posso evitar me preocupar. Mas prometo que tentarei encontrar um equilíbrio entre protegê-la e permitir que cresça.

Charlotte sorriu, agradecida pela preocupação sincera de seu irmão. 

— Isso é tudo o que peço, Henry. Quero ser capaz de enfrentar os desafios que o destino nos reserva, mesmo que isso signifique tomar decisões difíceis.

Henry assentiu, seu olhar expressando orgulho e apoio. 

— Você é forte e inteligente, Charlotte. Tenho certeza de que enfrentará o futuro com graça e determinação.

O Baile das MáscarasOnde histórias criam vida. Descubra agora