A Matemática Do Amor

capítulo 0.5

Ao sair da casa do Harry vou andando a longos passos para minha casa e ao chegar fecho a porta da mesma. Jogo a minha mochila sobre o sofá e me deito de costas fitando o teto da sala que tinha um lindo lustre de cristal que minha avó deu a minha mãe

Começo a pensar no que aconteceu agora a pouco, eu não queria ter deixado o Harry me desrespeitar dessa maneira, me chamando de burro só por eu não ter acertado alguns exercícios que ele havia passado. Não vou mentir que me sentir mal e com um certo receio dele explodir comigo já que pela sua voz eu percebia que estava bravo ,mas eu também fiquei pois não tenho culpa de não ter nascido um gênio da matemática como o filósofo Mileto. Mas não poderia me dar ao luxo de ir mal nas primeiras provas ,esse já é meu penúltimo ano na escola ,e não quero ter o desprazer de vim na escola pagar matéria ,ainda mais de matemática que na minha humilde opinião é a pior que existe

Subo para o meu quarto e me tranco pelo resto do dia.  Estava chateado demais para fazer qualquer outra coisa , não entendo como uma pessoa foi capaz de sugar toda a minha energia

****

Já era noite e estava tentando dormir mais algum idiota estava com um farol alto e buzinando incansavelmente.  Que merda ! Não posso nem ficar deprimido em paz.  Levanto da cama e vou até a janela e vejo Harry, não me surpreende que seja ele o causador de toda essa bagunça

Minha vontade era de xingar esse mesquinho empata sono, mas me contenho quando minutos depois vejo ele saindo com o seu carro

Volto para as minhas cobertas mas logo ouço minha mãe me chamar para jantar, e  recuso  pois sei que é algum processado que ela trouxe do mercado, mas recusaria mesmo que fosse a melhor comida do mundo ,pois quando fico triste perco todo e qualquer apetite

*** Na manhã seguinte

Acordo assustado ao ouvir tia Olivia me chamar para ajudá-la . Desci imediatamente até a parte de baixo da casa e percebo que os gritos vinham da cozinha . Quando chego perto da entrada da cozinha sinto um cheiro de queimado horrível e uma fumaça preta toma conta da porta , no desespero eu só entro correndo tampando o nariz gritando por ela

- TIA OLIVIA ME DIGA QUE VOCÊ ESTÁ BEM

- Estou sim ,só caída no chão com uma queimadura de leve na mão, mas eu estou bem

Pego um pano que estava em cima da pia e jogo por cima da panela que já estava com o fogo desligado e a pego jogando no quintal e voltando correndo para dentro com medo dela explodir

Tia Olivia se levantava do chão e foi até a torneira lavar as mãos para aliviar o ardor da queimadura

- Mas que caralhos você estava fazendo que quase colocou fogo na casa ? Por Deus tia ! Que susto você me deu ,e quase que saio pela rua que nem louco pedindo por socorro - falo um pouco irritado mas na verdade o medo me faz ter esse estímulo de raiva

- Eu só queria fazer uma pipoca doce pra gente assistir algum filme, não sabia que ia resultar em quase colocar fogo na casa e até queimar a minha mão

- VOCÊ QUASE COLOCOU FOGO NA CASA TENTANDO FAZER PIPOCA ? - pergunto e não consigo segurar a risada e logo sai uma alta gargalhada me fazendo perder um pouco do equilíbrio

- Isso vai rindo, eu quase tive um falecimento e você ainda acha essa situação engraçada ?

- Desculpa tia,mas qualquer um iria achar graça dessa tentativa ridícula de fazer só uma pipoca - falo e vou em sua direção com uma pedra de gelo que peguei no congelador enquanto ela ainda reclamava comigo

Ela faz um bico simulando que está triste e eu a abraço pedindo desculpa mas ainda me segurando para não rir dessa situação embaraçosa

Ajudo tia Olivia com o curativo e também com a limpeza da casa, já a panela não teve salvação ,só restou jogá-la no lixo . Tinha que terminar de limpar antes que minha mãe chegasse do trabalho, ela teria vários surtos ao ver a casa nova nesse estado