61. Não Precisa De Uma

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Lee Minho




Estacionei em frente a velha casa e suspirei cansado. A viagem havia sido bem longa e fui obrigado a esperar por vinte minutos até que Sophia conseguisse me buscar com a caminhonete.



No relógio mostrava três e dezessete da manhã, mas minha filha não parecia nem um pouco sonolenta. Sophia parecia muito agitada e aparentemente ansiosa, se recusando a conversar durante o curto caminho da mata até a casa.



— Vai me dizer o que está acontecendo com você? — Murmurei com receio de uma reação negativa por parte dela.



— E ainda pergunta? Quer dizer, olhe tudo que aconteceu! Não foi nada bom para o meu psicológico presenciar àquelas cenas. Jisung e Jeongin estão destruídos, sem contar que Kim Seungmin parece pior que eles. — A última parte me chamou atenção e eu me virei rápido em sua direção. 



— Como assim? — Perguntei e a puxei pelo pulso antes que ela pudesse alcançar a porta. — Por que acha que seu irmão está pior que os Han?



— Vai notar assim que entrar em casa. — Murmurou baixo e se desvencilhou do meu toque.



Andamos em silêncio até a porta da frente. Ouvi passos apressados e um choro baixo assim que minha mão tocou a maçaneta. Encarei Sophia por alguns segundos antes de colocar a mão sobre o coldre atravessado em meu peito.



Quase caí para trás quando a porta abriu com tudo e um corpo se lançou contra o meu. O cheiro de Jeongin me envolveu e eu suspirei surpreso. 



Jeongin nunca havia demonstrado por mim a confiança que depositava em Kim Seungmin, então meu choque me deixou estático por longos segundos antes de eu finalmente envolvê-lo em meus braços.



— O que aconteceu? — O afastei minimamente e apoiei minhas mãos em seus ombros, querendo analisar mais de seu rosto.  



Jeongin não me respondeu, apenas direcionou os olhos para baixo e se afastou, entrando dentro da casa em passos arrastados.



Esperei Sophia entrar e tranquei a porta, chutando minhas botas para o lado e acendendo a luz. 



Meus olhos foram direto para Jisung, que estava sentado perto da janela.



— Queria ter vindo mais cedo mas precisei resolver várias outras coisas na sede, todas sobre o caso Han e tudo que Adam levantou. — A justificativa deslizou por meus lábios, junto com a vontade de me explicar para os ômegas a minha frente. — Eu sinto muito, realmente sinto.



— Sente? — Jisung perguntou em um tom choroso e se virou novamente para a janela, sem esperar minha resposta.



— Você sabe que eu sinto. — Murmurei e virei minha atenção para a escada, onde Jeongin havia se sentado. — Onde está Kim Seungmin?



Passei meus olhos pela sala até parar em Seungmin, que estava em pé perto da porta da cozinha.



— Por que estavam no escuro? — Sophia perguntou antes de se sentar no sofá.



— Fui pegar água com açúcar para Jeongin e quando voltei as luzes estavam apagadas. — Seungmin murmurou e andou devagar até o ômega na escada, entregando o copo e fazendo um breve carinho em seus cabelos antes de caminhar até o sofá. — Teremos uma longa madrugada. Precisamos conversar sobre o interrogatório e...



— Não precisamos fazer isso ás três e vinte e quatro da manhã, Kim Seungmin. Todos tivemos um péssimo dia, precisamos ter uma boa noite de sono. Farei um chá para vocês e recomendo que Jisung tome o calmante que a psicóloga preescreveu. — Soltei a sacola em cima do sofá e me virei para Jisung. — Por favor, tome e se deite. 



Different Sides | Versão SeungIN | EnemiesToLovers ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora