CAPITULO QUATORZE

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Gabriel

— Cara eles nem se beijaram, não sei por que você tá tão puto! - Éverton disse. — Você ficou com a Melissa, você queria o que? Um prêmio?

— Mano, era meu aniversário! O Mateus é meu colega de time... talarico do caralho

— Vocês nem estão mais juntos, para de babaquice. - foi a vez de gerson falar.

— A internet tá massacrando o Matheus e a Danielle. - Bruno disse. — Cara, ela deve tá mal.

— Ela não tá nem, ela mesma disse que podem achar o que for, ela segue de convivência. - Éverton tirou a chuteira. — Eu tô do lado dela.

— Eu pensei que você fosse meu amigo...

— Eu sou seu amigo, mas não vou passar pano pra você, quando ela me contou que você ficou com a Melissa, eu achei pouco um quase beijo, tinha que ter acontecido!

Por mais raiva que me desse, isso não tirava a razão do Éverton.

— Mano, se você ama ela de verdade, vai ter que rebolar muito! Depois dessa, se o caminho já estava estreito, agora tá é impossível de passar. - Gerson entrou no chuveiro.

— Cunha fez jus a profissão de goleiro, bloqueando gols e caminhos.

Todos gargalharam.

Eu só terminei de tirar a roupa e entrei no chuveiro.

Meu silencia dizia tudo, eu tava fervendo de raiva.
Eu errei, mas porra, eu era louco pela Danielle, me mata só de pensar dela ficando com outro, eu não quero isso, eu queria ela pra mim, queria que tudo fosse como antes.

Sai do vestuário pronto pra ir embora.

Vi Danielle cruzando o corredor e então corri pra onde ela estava, eu queria concertar as coisas, eu tinha que entrar em ação antes que outro entrasse.

Mas, quando cheguei próximo dela, reparei que um compasse havia parado no portão. Assim que o vidro abaixou, pode perceber quem era o motorista.

Ela entrou com rapidez, e logo eles saíram.

Danielle

— Obrigada por vir, eu tinha que ver como você tava depois dessa bomba toda.

— Eu tô bem, relaxa...

— Eu não queria te causar nenhum problema... - Disse o goleiro preocupado.

— você não me causou problema algum Matheus, a internet fala besteira mesmo.

— É mas, agora o Gabriel tá puto pra caralho comigo e a internet tá me humilhando.

— Sobre o Gabriel, ele não tem que falar nada, independente de vocês serem colegas de time, nos não temos mais nada! Ele não tem o direito de ficar putinho. - Concertei a bolsa em meu ombro. — E quem não faz merda quando bêbedo?

— Eu não tava bêbado...

Juntei as sobrancelhas e olhei para o jogador do meu lado que agora, tinha um sorriso sacana no rosto.

— Matheus?

— Ué? Tô sendo sincero. Eu tava com vontade de te beijar é isso. Não era cachaça...

Meu coração imediatamente acelerou.

— Tá, e agora? - soltei rápido meio que ignorando o que tinha acabado de ocorrer.

— Eu meio que ainda tô com vontade de te dar aquele beijo... - ele sorriu.

Matheus foi diminuindo a velocidade e logo parou o carro.

— Se você quiser né, claro. - ele tirou o cinto e desligou o carro.

Engoli seco.

Era uma mistura de sentimentos.

Nós já estávamos ali, a merda já tava feita, então eu só embarquei no calor do momento.

— Ainda quer?

Entendendo como um sim, ele virou seu corpo todo na minha direção assim eu não tive que fazer nenhum esforço para chegar até ele. Sua mão que antes tocava o banco, agora estava levemente apoiada em uma das minhas coxas e seu hálito mentolado estava bem próximo dos meus lábios.

Sem esperar muito, ele colou nossos lábios pedindo espaço com a língua. Agora, nós estamos em sintonia total entre lábios e lutando contra a respiração descompassada devido a alta dose de adrenalina. Com a proporção do beijo, senti um leve aperto em minha coxa e depois senti sua mão subindo até minha cintura, passando pelos meus seios e subindo até a minha nunca, onde não saiu mais. Eu estava paralisada com meus braços em volta do seu pescoço e nada me tiraria daquele posição.

Nos afastamos obrigatoriamente por conta da falta de ar.

— Eu sabia que ia valer a pena esperar. - ele umedeceu os lábios e deu um sorriso.

Apenas sorri de volta ainda tentando disfarçar minha timidez e afastar minhas paranóias como: "e se o Gabriel souber disso" ou "como me sinto em relação a isso e minha situação com o Gabriel?"

Eu tava numa adrenalina que podia ir e voltar do CT até minha casa andando ou melhor, correndo. Eu sentia que tava fazendo algo errado por conta do Gabriel e ao mesmo tempo sabia que eu não tava fazendo nada de errado exatamente pelo mesmo motivo.

Matheus me deixou em casa salva mais nem um pouco sã... E disse que mandaria mensagem quando chegasse em casa. Logicamente dei meu número pra ele e por incrível que pareça eu estava contando com aquela mensagem.

Entrei no elevador e apertei o número do apartamento. Senti uma vibração no celular e junto veio aquele frio na barriga achando que já era o goleiro me mandando mensagem, mas se tratava de ninguém mais ninguém menos que:

"Quando chegar em casa, me manda mensagem. Quero conversar com você."

Gabriel.

Querem que eu faça um capítulo com ponto de vista do Matheus Cunha?

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