CAPITULO QUINZE

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Gabriel

Ela simplesmente ignorou minha mensagem. Ficou on-line várias vezes e nem se quiser visualizou, nada.

Cheguei no Centro de treinamento com o intuito de pegar ela de surpresa e resolver esse assunto de uma vez. Eu queria tentar entender o porque dela não ter me respondido.

— Bom dia. - falei de uma vez e bati a porta. — Ta me evitando?

Primeiro ela se virou como se tivesse escutado a voz de um fantasma, depois tirou os óvulos e cruzou os braços.

— Se eu tivesse te evitando, nem deixaria você entrar.

— Por que não respondeu minha mensagem? - cheguei mais perto dela. Eu sabia o efeito que eu causava sobre ela, então fiz de propósito.

Ela sem jeito deu uns dois passos pra trás, ficando sem saída por conta da mesa atrás dela.

— Eu tava ocupada Gabriel, não enche!

Ergui as duas sobrancelhas.

— Você não tá vendo o caos na internet?

— Gabriel, e a internet, logo vão esquecer.

— É mais estão me chamando de corno agora...

— E você é?

Fiquei em silêncio.

— Para de agir como se a gente ainda tivesse junto. - ela largou os papéis. — Você que quis desse jeito!

— Para de empurrar a responsabilidade nas minhas costas, eu já tentei concertar as coisas. - respirei fundo. — Eu ainda tô tentando.

— E o seu tentar é simplesmente socar a cara do Matheus a troco de nada?

— Vocês nem se conhecem direito. - ela ficou em silêncio me encarando. — A gente pode por favor parar de jogar um com o outro e tentar começar do zero?

— Gabriel eu não sei!

Me aproximei devagar e ela não tentou fugir. Nem se quer deu pra trás. Peguei ela pega cintura com um toque suave e depois a trouxe pra perto.

Agora, nos estávamos frete a frente e eu conseguia sentir cada batida acelerada do seu coração.

— Não sabe? - sussurrei contra sua boca e sem nem pensar duas vezes nós nos beijamos.

O beijo não durou muito tempo, já que ela nos afastou quase que imediatamente. Mas isso não negava que era tinha retribuído é muito aquele beijo.

— O que foi? - perguntei ofegante e ela só virou de costas pra mim.

— Você precisa ir embora...

— Vai consultar alguém?

— Bom dia! - escutei uma voz familiar ecoar pela sala.

— Oi Matheus. - ela disse com um sorriso sem graça. — Gabriel, será que você pode me dar licença? Eu preciso trabalhar.

Com aquele tom rude, eu sabia que tinha mexido com ela. Me sentindo um pouco vitorioso, sai da sala e encostei a porta atrás de mim.

Danielle

— O que ele queria? - perguntou o jogador.

— Nada, ele trouxe uns exames pra eu ver.

E me beijou também.

— Ah. - ele sorriu. — Nossa primeira consulta.

Concordei com um sorriso.

— Você é muito saudável! - coloquei os aparelhos de volta na mesa. — Vou passar só umas vitaminas pra você não fica gripado atoa.

Ele riu.

— Eu quero falar com você sobre ontem... - as borboletas do meu estômago não tinham um minuto de paz. — Eu queria muito aquele beijo Danielle. Mas do que você imagina. Mas eu vou entender se você não quiser levar isso a frente por causa... — ele deu uma pausa. Como se quisesse parecer cauteloso com o que ia dizer em seguida.

— Você sabe... - balançou as mãos. — Se você me desse uma chance...

Agora eu já não sabia mas nem o que estava acontecendo no meu estômago. As borboletas voaram tanto que abriram uma cratera e eu estava sentindo que tinha um buraco na minha barriga.

Eu não sabia como reagir aquilo, não sabia o que falar. Havia tanto tempo que eu não passa por isso, algo novo, algo desconhecido e a sensação era loucamente boa.

— Não precisa reponder agora. - ele se referiu ao meu silêncio. — a gente pode se ver mais tarde?

— Eu ia adorar. - sorri de volta ao jogador que esperava ansioso uma reposta positiva.

Danielle você tá ferrada.

É você - gabigol - Caminhos diferentes Onde histórias criam vida. Descubra agora