Amor Litúrgico?

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" A imaginação, trás a vida e ao toque, tudo aquilo que se deseja, a paixão litúrgica se fará existêncial apartir de agora.
Passava-se de meia noite, alguns murmúrios de conversações fora de padrões de entendimentos, fica-ram turvas aos ouvidos, por transpassa-rem dentre os cômodos de paredes grossas de madeira.

A jovem camponesa, relia e lia, seus contos, arcaicos de paixões exageradas por vampiros de eras antigas.
Apenas passos a ouvir, latente pelas escadas, uma festa!. Aparentava, pois-se à levantar e a caminhar diante de seu espelho, mas ela sabia, talvez fosse sons de suas incontáveis horas de leituras.

Um riso, frigido e de constância vinha da parte mais escura de seu quarto, arrepios e constantes, fibrilação de seu coração a trazia de pés ao chão.

----- Ela negava a si mesma !

____ É apenas fruto da imaginação !.  -- tudo que reli e fico em repletas inquietudes ao peito, anseio de medos e desesperos, por coisas que nem se quer, fazem ser real !.

Sua cama entre-encostada as paredes de madeira. - rangio sem pestanejos !. Olhou atravéz do espelho, nada, pode enxergar!

Esfregando os olhos, boquiaberta a camponesa, tão gentil de pensamentos impuros, flexionou as coxas, para dentro de seu próprio eixo, algo estava incomum, tais barulhos a deixava, estaiada de sentimentos estranhos, ao recordar das cenas, que acabará de ler, com um de seus personagens favoritos.

Jurou que pode sentir, ao longe vindo com cheiro de cera das velas que iluminavam o candelabro, deixando o quarto razoavelmente iluminado. Os estralar das faiscas e o barulho da cera, enrijecendo, em constantes mergulhos factuais, de imaginação a trazia o ataque repentino de "Conde De Sangue ".

___, Alguém ?. . . Alguém ?. . .

A voz trêmula da jovem camponesa, ecoou pelo quarto, mas seus olhos entusiasmados com o que pudera ver, cobriu-se de ansiedade e procuravam por algo na penumbra. O arrepio, tomou conta de seus membros inferiores, lembrava a pele de um frango depenado, após ter seu pescoço quebrado
Era branca, pálida, o quarto era quente, mas sua pele estava áspera e gelada, assim como um animal, indefesa, percebendo seu breve fim de respirar.
Olhou, novamente para o espelho, e como um olhar de espanto e medo, contínuo a procurar algo, de maneira que tentasse esconder sua falta de credo na realidade.

A jovem camponesa, não sabia que em cima da cama algo estava sentado, olhando ela em delírios de cede, da carne de uma moça pura, como ela se próstata há vida!

Jurou que em lampejos, viu os lençóis se contorce-rem, algo tinha os achatados, mas só via a silhueta de algo assentado a beira do colchão.

Rangiu os dentes e sem pensar muito, gritou com o próprio espelho !

___ Mostre-se, quem é que seja,  não estou de brincadeiras !.------ Quem ousaria invadir a casa de quem vive nas mais pura falta de contato monárquico.----Pensou a jovem, estarrecida, de medos e cheiros fúnebres de mal hálito que pairavam pelos ares!

Parecia mágica, o espelho tomou forma ao canto esquerdo, trazendo ao presente momento, olhos negros, reluzentes ao meio do breu, brilhavam e senti-lavam igual a óleo de candeia, refletiam as minúsculas chamas dos candelabros de paredes, e um sorriso amarelo, com dentes caninos pontiagudos foram tomando forma diante do reflexo sem feição, que o espelho mágico mostrava.

A camponesa, nada pode fazer, teve trinta segundos para guardar o maior grito que alguém poderia dar, antes que pudesse balbuldiar de palavras em tons escandalosos, sentiu-se a boca tampada, e algo a estava a respirar próximo de sua clavícula.
O tátil era frio, lembrou ela repentinamente, como se fosse criança e cantarolava com seus pais ao colher sementes nos campos, logo pela manhã.
O cheiro de podridão, percorreu por suas vias nasais e logo veio acompanhado de um embrulho ao estimado.
Sua ânsia era difícil de segurar, então a voz ríspida, esganiçada, falou ao pé do ouvido da jovem camponesa!

____ Oras, tanto quis, tanto me desejou, tanto fez, confiou ha mim, sua imaginação, estou aqui para dar a você, seus piores segundos de insanidade, não leias e acredite de mais, pois, aquilo, que não se conhece, toma forma do que se tem medo, apenas para te deixar, sem pés para fugir.

_____Respire, jovem menina e você encontrará em mim, sua paixão litúrgica, trazida diantes dos anos, maléficos e cheios de cede de sangue, hoje serei seu grande vampiro assassino, amanhã serei teu amado marido e no futuro, suas histórias vividas !.

Sussuros do Além - Coletânea De Contos De HorrorOnde histórias criam vida. Descubra agora