Desposadas Com Um Defunto.

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" Os miúdos em detalhes, da vida se estreitaram, escondidos sobre a brisa leve que balançava as folhas, todo som era estridente, agudo e ao fundo turvos.
A claridade era breve, no romper da inércia da vida cotidiana !.
Nada haveria de ter nas mãos força, quanto a própria gravidade para empurrar ao chão de joelhos, aquela que se dizia amar de todo seu coração o homen que já não continha vida em seus olhos...

Aqueles que se diziam sábios, só entendiam, que em sobre as mentiras da vida a dor era a única verdade.
Uma única canção em conjunto de vozes aos murmúrios dos presentes, se espreita-vam reluzindo dos fúnebres choros contidos, por sedas!. Sobre lábios aguçados de incógnitas descrentes, da vaidade e ensinamentos bíblicos

"Eras verde meu vale
Tão verde, quanto os olhos
Dos anjos que desciam
Ascendendo aqueles que partiram
Diante dos entes
Descrentes, aos demônios
Nada se sobrava
Tudo se esvaia

Eras verde os olhos
Eras verdes os vales
Eras triste a despedida
Mas era rápido a subida
Daqueles que morriam
Deitados as camas de ouros
Da monarquia "

Capítulo 1°- Sobre os vales

Maiores anseios, tremores sobre suas pálpebras, me mostravam sua ternura ao ver seu amado esposo, aconchegado com suas costas, já imóveis!. Sobre há cama de ferro banhado a ouro, tão grande e branca, quanto as nuvens que ao sol encobriam por dias entristecidos.
Ela apenas sonhava, enquanto o outro, demonstrava o maior e mais escuro profundo, de um sono, que jamais iria despertar.

Ao redor de toda a monografia que poetas e pintores a clamavam diante da beleza enxergada em suas retinas, guardando por séculos em tintas, coloridas ou pretas, sobre os montes montanhosos da Pensilvânia, existia um singelo castelo, dependendo de qual cume, você se atreveria a escalar, para ter a mais vislumbrada visão, do maio céu já avistado ao horizonte, por homens comuns, ao centro do o castelo, reluzia suas encostas de marfim polido e suas torres de seguranças sempre bem guardadas por seus soldados de capotes vermelhos e capas negras, com bestas e lanças, paralisados cobertos pela ternura de uma sombra, os protegendo dos rasgos, que os raios do sol, fazia ao quebrar-se entre os vinhos dos tijolos, contornando suas janelas !.

Mais do que de pressa a vida se seguia, como sempre é com ímpeto de nada puder contê-la.
Passos rápidos e ecoados, por toda a plenitude do ambiente, sumiam ao pé das escadas brancas, com seus degraus cobertos, por tapetes longos, vermelhos de bordas negras, tão negras que chegavam a parecer carvão quando a porta da entrada rangia sendo escancarada pelos criados ao atender alguém que acabará de chegar ao ressinto.

Tão rico e belo, quanto qualquer história já registrada para a posteridade, a rainha descia degrau por degrau, como se já não houvesse sentido algum, para ela esbanjar tanta alegria e firmeza sobre seu sólido andar real !
Antes o que era tão agressivo e furtivo aos olhos despercebidos, hoje eras corcunda e forçado, com tremores aos joelhos, por baixo do vestido rodado, apoiando as pontas dos dedos, atritando em tremores, cada passo dado, um tremor interno a forçava a manter mais rígidos seus músculos das panturrilhas.
Ao pé da escada que antes era clássica monárquica, hoje virou-se fúnebre e sem brilho com o tapete enrugado, com sua ponta a direita dobrada, mostrando a poeira que já não era limpada há algum tempo !.

__ Bom dia, minha rainha ! - Uma voz tímida, vinha da cumcubina, ao pé direito da escada.

Com um asceno sem graça, e sem valor, como se espanta-se moscas de sua sopa, a rainha, balançou os dedos da mão esquerda, em um singelo comprimento a sua serviçal!

Sem se prorrogar muito sobre a situação, seguiu-se timidamente de cabeça baixa, exclamando a rainha, que até então por meses, não abria sua boca, para ordenar algo a todos que há serviam.

Sussuros do Além - Coletânea De Contos De HorrorOnde histórias criam vida. Descubra agora