Por De Trás Da Porta

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A  tormenta das noites que passará em claro, sempre deixaram-me de estômago revirado, o espelho dependurado sobre parafusos aos cantos o mantinham em total fixação na porta do centro do meu guarda roupa

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A  tormenta das noites que passará em claro, sempre deixaram-me de estômago revirado, o espelho dependurado sobre parafusos aos cantos o mantinham em total fixação na porta do centro do meu guarda roupa.
Enquanto eu revirava na cama, meus pensamentos em constantes gritos, me colocavam em desespero eminente, a sensação de cama quente e corpo frio, me deixavam em desesperos para que a insônia pudesse me abandonar uma noite se quer!.
Por horas os barulhos dos estratos do colchão se misturavam com o balançar de cortinas grossas, negras, e o feixo de luz que vinha dos postes da rua, amareladas, terminavam de esvaziar o ambiente que as vezes se parecia conter tons arroxeadas.
Por vezes na breve penumbra que tive em vistas, tudo se mexia, o pânico vinha em espasmos, vinculados a minha total perca de movimento corporal. Nada eu conseguia entender sobre o que ocorria por de trás da porta do quarto.
As vezes rangia, as vezes abria, as vezes nem se quer existia algum barulho, mas um lindo tocar de batidas ocas vinham aparentemente por de trás dela.
Algumas vezes por medo me cobri de coragem ao coração que palpitava e eu enfim levantava as pressas e puxava a porta para ver o que se tinha ao corredor.
Nunca houve nada por de trás da porta!

Já se passaram dias modorrentos em que eu ficasse cinco dias sem conseguir pregar os olhos, a canseira dominava minhas ações, eu vivia apenas de singelos vícios, cigarro e bebidas, utilizava até que eu apagasse, mas desta vez estava difícil conseguir apagar.

Após o último trato exagerado de total sonolência, bati o cigarro na borda do cinzeiro cheio, o balançar do cinzeiro o fazia subir em revoadas rasas, fuligens de brasas, outra vez, eu sentado ao centro da cama, os barulhos distorcendo a minha volta, veículos que passavam pela rua, davam calafrios, pelos ranger de motores que mais se pareciam monstros com cede do que eu guardava ao peito.
Minha cabeça girava, e eu levava as mãos a testa, várias vezes eu batia com as palmas nas minhas fontes, para eu tentar desligar um pouco.
Após eu em pedidos desesperados.

__ Hó! Tormentas, de minhas noites, embrulhado em pensamentos tardios, me deixem em paz, quero apenas acabar com isso!

Tudo se fez silenciar !

Tive a sensação de estar afundando sentado no colchão, a porta do quarto escancarada, coisa que eu nunca havia deixado acontecer, mas estava apenas me livrando das fúnebres e continuas batidas, que vinham dela.
A luz que vinha do corredor serenava por entre os vincos do batente, dobradiça e a porta em si. Fachos curtos e finos mostravam pela negritude por de trás dela.
A cama foi me engolindo em sensações, coberta roçando aos meus pés de pernas cruzadas por de baixo das cochas, iam me deixando com pés dormentes.

___Mas que sensação terrível ! -- Gritava eu ao quarto.

As luz foram se enfraquecendo, e eu pensando que era eu adormecendo, sentado, não quis me mover, para não perder o que acontecia diante de mim, brilharam algumas vezes mais fortes, deu irradiar foi-se sumindo diante do que eu conseguia observar, por um momento em lucidez, levei novamente as mãos aos olhos, esfregando freneticamente, a visão turva, areias do anjo dos sonhos, me queimava as pálpebras.
Pude ouvir por de dentro da cabeça, o barulho das micro-pedrinhas a se estilhaçar conforme eu terminava de pressionar com os dedos os olhos.

Sussuros do Além - Coletânea De Contos De HorrorOnde histórias criam vida. Descubra agora