A Valsa Da Morte

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-Londres - Whitechapel -14/02/1890....

1°- Relatório da testemunha ocular...

" Como ordenado pelo inspetor chefe, Senhor Laundhye Brooken, iniciara suas declarações sobre o fato ocorrido na noite de 27/08/1889. Por volta das 02:30 da madrugada

"Ouviu ecoar das profundezas das vielas de Whitechapel, cavalos calçando os mais caros sapatos, solados a trotear-rem e alguns deliberados gemidos, abafados, embaralhados em murmúrios sem sentidos, mas de tudo ouviu e nada compreendeu ; Pensou que fosse algo inestimável, deplorável, como se alguma dama da noite, estivesse há saciar os desejos de um senhorio inglês.

Homens a gritar sobre janelas fechadas, iluminadas por candelabros, atrapalharam o entendimento da situação, ha noite estava em penumbra como sempre, o adorno feito de pedras de uma ponte suspensa por cima do canal, entreposta a viela e Laudhye, dificultavam a enxergar com total exatidão aquilo que ele apenas vislumbrava auditivamente.

As sombras de curvas arredondadas, abriam uma fissura na parede de tijolos cinzas, dando a sensação de todas as paredes serem curvas, mal feitas. Algo brilhante, trouxe a Laudhye a visão de estrelas que se despregam dos mais altos céus e caíam em sacrifício para as terras maravilhosas onde se habita os mais profanos seres, arruinados, conhecidos como homens !

Longínquos engasgos abafados, fizeram sumir novamente o reluzir brilhante prateado pela viela. Logo após isso, sem demora alguma, Laudhye avistou surgindo em movimento não ensaiado dos confins da falta de visão, uma mão pálida com manchas vermelhas rubras caindo ao chão."

- Final do relato, nada congruente, sem especificações ou algo que agregue a investigação.

- Carta enviada pelo suposto executor do caso das investigação- Carta de Numero 6° Titulo incluído ao roda pé do papel " A Valsa Da Morte ".

"Olá, saudações humildes de seu querido relator e subjulgador de mulheres impuras de desejos carnais. Hoje trago há vocês minhas estimadas palavras em relatos sobre a mais linda e pura, audácia e franqueza sobre meus atos enfadonhos. Descreverei de total agouro para que vocês possam compreender-me ou quem sabe minha arte, repleta de desejos e imaginação.

Querido, inestimável reitor da tão aclamada " Scotland Yard ", talvez não tenha ficado tão claro como o alvorecer dos dias que glorificam suas conquistas, por ajudas de terceiros ao descobrir imagens sóbrias de homens arruinados por seus crimes acometidos, porém novamente irei te ilucidar com minha ultima carta. Essa que está a ler de momento !
Como eu pude, derrubar, afundar, e fazer-te chegar a lama com minha obra prima de mistérios.

O Meu ultimo "Ato" que carinhosamente irei chama-lá se assim me permite de....

- A Valsa Da Morte.

" A noite estava bela, entre-encostada sobre as nuvens cinzas e pesadas, tão pesadas, que jurava que com os dedos coberto por minhas luvas de couro, poderia estica-los e toca-las. A lua iluminava meus caminhos, pelo chão húmido e brilhante dos entornos do córrego que por nossa amada cidade corta o centro, seu cheiro era fétido, assim como suas falhas em descobrir o que uso para chafurdar sua imagem e de todos os que o cercam!

Minha sombra incubada de seguir meu corpo coberto, por sobre vestis pesadas, rodeava ao meus passos, mudando de direção conforme eu chegava mais próximo de encontrar aquela que seria meu último vislumbre de insanidades e desejos. Uma jovem moça de cabelos encaracolados, parecíam ser feitos com dedos dos mais singelos anjos, loiros. Sua pele era branca, iguais as voluptuosas nuvens dos esbravejante romper de auroras, suas roupas estavam húmidas mas não tive nada haver com esse acontecimento, estava-lá ela  por algumas horas encostada sobre a parede molhada pelas neblinas finas que desciam com o cair da noite. Seus olhos de tons esverdeados, me lembraram momentaneamente como primeiro contato, as gramas dançantes dos arredores da praça central.

Sussuros do Além - Coletânea De Contos De HorrorOnde histórias criam vida. Descubra agora