— E para quem são as flores? — Você sorriu.
— É... — Remus ponderou, ele olhou para o armário atrás de você, havia alguns cartões especiais que as pessoas costumavam comprar junto com as flores. — P-pra minha mãe.
Você sorriu e se virou, pegou duas opções de cartões e mostrou a ele.
— Essas são as opções que temos.
Ele estava nervoso, as mãos quase tremendo, pegou os cartões de cor rosa e de cor branca e os analisou, ele estava tentando ler as frases, mas não conseguia focar.
— Sua mãe vai adorar as tulipas.
— S-são as fa-favoritas delas.
Você sorriu mais uma vez.
— Não consegue decidir?
— Não. Pode escolher para mim?
Ainda tremendo ele larga os cartões sobre o balcão.
— Bem, vejamos... esse daqui dá a entender que você ainda é um bebê, então acho que o branco é melhor.
Ele deu uma risadinha.
— Acho que sim. — Remus coçou a nuca. A garganta dele estava coçando, não parava de engolir em seco.
— Você gostaria que nós entregassemos?
— N-não, eu me-mesmo entrego para ela.
— Muito bem. — Você apertou algumas teclas no computador. — São 108 sicles.
— Certo... — Ele colocou a mão no bolso do casaco, depois no bolso da calça, então no bolso interno do casaco e novamente na calça. — E-eu...
Você só esperou pacientemente.
Remus sentiu um grande alívio quando encontrou a carteira no outro bolso da calça.
— Aqui. — Ele deixou as moedas caírem no balcão, algumas acabaram escapando e caindo no chão. — Merda. Me desculpe.
— Está tudo bem. — Se abaixou para recolher, ele fez o mesmo.
Remus não parava de murmurar palavrões bem baixinho, e não parava de se chamar de idiota.
Ele estava vermelho, não se aguentando mais em pé e ainda mais nervoso.
— Você está bem? Gostaria de tomar um copo de água?
— Sim. — Confessou. — Sim, eu-eu estou bem.
Você deu uma risadinha, estava completamente encantada com o garoto fofo na sua frente.
— Suas flores e o seu cartão. — Entregou para ele.
— Obrigado. — Balançou a cabeça e depois a abaixou, evitando ao máximo olhar no seu rosto, toda vez ele passava muita vergonha.
— De nada.
Ele segurou com força aquele buquê, como se estivesse tentando evitar que um desastre acontecesse, e considerando o seu estado, era capaz que deixasse as flores cair de sua mão.
Remus estava passando pela porta, ele olhou uma última vez para você que abriu o sorriso como sempre e então quando se virou de novo deixou a porta bater em seu rosto.
Você tomou um susto e colocou a mão na boca.
— Você está bem??
— Sim, não é nada. — Ele desistiu e saiu da floricultura.
Estava marchando duro até o grupo de amigos que o esperava do outro lado da rua. James, Sirius e Peter que estavam sentados no meio fio se levantaram para receber o amigo.
— E então?
— Chamou ela para sair?
— Não, mas comprei flores para a minha mãe. — Resmungou quase chorando.
— Aluado, amigo. Não foi isso que treinamos.
— Eu sei, Almofadinhas. Mas simplesmente não consegui, eu paguei o maior mico lá dentro. Acho melhor desistir, eu sou péssimo nisso. Melhor aceitar que vou morrer sozinho.
— Nem pensar.
— Me dê isso aqui. — James pegou as flores e o cartão. — Você vai voltar lá dentro, vai parar na frente dela e vai chamá-la para sair.
— Diga: oi, você aceita sair comigo? É simples.
— E se ela disser não?
— Então a gente taca fogo na floricultura.
Todos olharam para Sirius em silêncio.
— Brincadeira, gente.
— Vai lá, Aluado. — Peter passou a mão no ombro do amigo. — Confiança, cara.
— Isso, confiança.
— Ok, confiança... eu posso ser confiante. Eu sou confiante!
Ele repetiu como um mantra, alongou o pescoço, girou os ombros, e se virou para a floricultura novamente. Quando ele deu o primeiro passo, desistiu e virou para os amigos de novo com a maior cara de choro.
Você estava dentro da floricultura, percebeu os quatro garotos do outro lado. Um de cabelos longos estava com as palmas abertas enquanto o garoto que havia acabado de comprar flores para a mãe socava a mão dele, eles pareciam imitar um treino de boxe.
O outro garoto que usava óculos estava dando água na boca dele, e o quarto garoto passava uma toalha em sua testa.
Você deitou a cabeça achando a cena bastante curiosa.
Até que de repente o menino voltou a atravessar a rua, você abriu o livro e fingiu que estava fazendo aquilo o tempo todo, mas olhou para a porta quando o sino tocou.
Remus olhou imediatamente para você e se aproximou, você sorriu, e ele sentiu as pernas tremerem.
— Posso ajudar em mais alguma coisa?
— Vo-vo-vo-você... s-sair comi-mi-migo... quer?
— Perdão? — Franziu o cenho.
Remus engoliu em seco e deu mais um passo
— Você quer sair comigo?
— Quero.
Ele ficou chocado, passado, estupefato. Como assim você aceitou sair com ele tão facilmente?
— Eu estou falando de um encontro...
— Eu sei... — Você riu. — Sim, eu quero sair num encontro com você...
— Mesmo? — Ele sorriu e era lindo.
Você riu, saindo de trás do balcão. Pegou uma caneta e um pedaço de papel, anotou seu número e entregou para ele.
— Mesmo.
Remus apertou aquele papel com força, garantindo que seu nervosismo não fizesse o seu número sair voando.
— Então eu te ligo...
— Eu vou ficar esperando...
Ele saiu andando de costas, trombou em pelo menos três gôndolas e tropeçou no tapete da porta, mas não tirou o sorriso do rosto. Você balançou a cabeça rindo, e ele saiu correndo pela porta.
Remus levantou o papel gritando para os amigos, os três gritaram de volta também, estavam empolgados pelo amigo. Sirius, James e Peter levantaram Remus e ficaram comemorando com energia como se o garoto tivesse vencido o torneio tribruxo sozinho.
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IᗰᗩGIᘉᕮS ᕼᗩᖇᖇY ᑭOTTᕮᖇ ⁽ˡᶦᵛʳᵒ ²⁾
FanfictionSegundo livro de imagines do Harry Potter. ⚠️Aviso legal Os personagens encontrados nessas histórias são apenas alusões a pessoas reais e nenhuma das situações e personalidades aqui encontradas refletem a realidade, tratando-se esta obra, de uma fic...