²⁵Rᴇᴍᴜs Lᴜᴘɪɴ - A ғʟᴏʀɪsᴛᴀ

2.7K 287 54
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


— E para quem são as flores? — Você sorriu.

— É... — Remus ponderou, ele olhou para o armário atrás de você, havia alguns cartões especiais que as pessoas costumavam comprar junto com as flores. — P-pra minha mãe.

Você sorriu e se virou, pegou duas opções de cartões e mostrou a ele.

— Essas são as opções que temos.

Ele estava nervoso, as mãos quase tremendo, pegou os cartões de cor rosa e de cor branca e os analisou, ele estava tentando ler as frases, mas não conseguia focar.

— Sua mãe vai adorar as tulipas.

— S-são as fa-favoritas delas.

Você sorriu mais uma vez.

— Não consegue decidir?

— Não. Pode escolher para mim?

Ainda tremendo ele larga os cartões sobre o balcão.

— Bem, vejamos... esse daqui dá a entender que você ainda é um bebê, então acho que o branco é melhor.

Ele deu uma risadinha.

— Acho que sim. — Remus coçou a nuca. A garganta dele estava coçando, não parava de engolir em seco.

— Você gostaria que nós entregassemos?

— N-não, eu me-mesmo entrego para ela.

— Muito bem. — Você apertou algumas teclas no computador. — São 108 sicles.

— Certo... — Ele colocou a mão no bolso do casaco, depois no bolso da calça, então no bolso interno do casaco e novamente na calça. — E-eu...

Você só esperou pacientemente.

Remus sentiu um grande alívio quando encontrou a carteira no outro bolso da calça.

— Aqui. — Ele deixou as moedas caírem no balcão, algumas acabaram escapando e caindo no chão. — Merda. Me desculpe.

— Está tudo bem. — Se abaixou para recolher, ele fez o mesmo.

Remus não parava de murmurar palavrões bem baixinho, e não parava de se chamar de idiota.

Ele estava vermelho, não se aguentando mais em pé e ainda mais nervoso.

— Você está bem? Gostaria de tomar um copo de água?

— Sim. — Confessou. — Sim, eu-eu estou bem.

Você deu uma risadinha, estava completamente encantada com o garoto fofo na sua frente.

— Suas flores e o seu cartão. — Entregou para ele.

— Obrigado. — Balançou a cabeça e depois a abaixou, evitando ao máximo olhar no seu rosto, toda vez ele passava muita vergonha.

— De nada.

Ele segurou com força aquele buquê, como se estivesse tentando evitar que um desastre acontecesse, e considerando o seu estado, era capaz que deixasse as flores cair de sua mão.

Remus estava passando pela porta, ele olhou uma última vez para você que abriu o sorriso como sempre e então quando se virou de novo deixou a porta bater em seu rosto.

Você tomou um susto e colocou a mão na boca.

— Você está bem??

— Sim, não é nada. — Ele desistiu e saiu da floricultura.

Estava marchando duro até o grupo de amigos que o esperava do outro lado da rua. James, Sirius e Peter que estavam sentados no meio fio se levantaram para receber o amigo.

— E então?

— Chamou ela para sair?

— Não, mas comprei flores para a minha mãe. — Resmungou quase chorando.

— Aluado, amigo. Não foi isso que treinamos.

— Eu sei, Almofadinhas. Mas simplesmente não consegui, eu paguei o maior mico lá dentro. Acho melhor desistir, eu sou péssimo nisso. Melhor aceitar que vou morrer sozinho.

— Nem pensar.

— Me dê isso aqui. — James pegou as flores e o cartão. — Você vai voltar lá dentro, vai parar na frente dela e vai chamá-la para sair.

— Diga: oi, você aceita sair comigo? É simples.

— E se ela disser não?

— Então a gente taca fogo na floricultura.

Todos olharam para Sirius em silêncio.

— Brincadeira, gente.

— Vai lá, Aluado. — Peter passou a mão no ombro do amigo. — Confiança, cara.

— Isso, confiança.

— Ok, confiança... eu posso ser confiante. Eu sou confiante!

Ele repetiu como um mantra, alongou o pescoço, girou os ombros, e se virou para a floricultura novamente. Quando ele deu o primeiro passo, desistiu e virou para os amigos de novo com a maior cara de choro.

Você estava dentro da floricultura, percebeu os quatro garotos do outro lado. Um de cabelos longos estava com as palmas abertas enquanto o garoto que havia acabado de comprar flores para a mãe socava a mão dele, eles pareciam imitar um treino de boxe.

O outro garoto que usava óculos estava dando água na boca dele, e o quarto garoto passava uma toalha em sua testa.

Você deitou a cabeça achando a cena bastante curiosa.

Até que de repente o menino voltou a atravessar a rua, você abriu o livro e fingiu que estava fazendo aquilo o tempo todo, mas olhou para a porta quando o sino tocou.

Remus olhou imediatamente para você e se aproximou, você sorriu, e ele sentiu as pernas tremerem.

— Posso ajudar em mais alguma coisa?

— Vo-vo-vo-você... s-sair comi-mi-migo... quer?

— Perdão? — Franziu o cenho.

Remus engoliu em seco e deu mais um passo

— Você quer sair comigo?

— Quero.

Ele ficou chocado, passado, estupefato. Como assim você aceitou sair com ele tão facilmente?

— Eu estou falando de um encontro...

— Eu sei... — Você riu. — Sim, eu quero sair num encontro com você...

— Mesmo? — Ele sorriu e era lindo.

Você riu, saindo de trás do balcão. Pegou uma caneta e um pedaço de papel, anotou seu número e entregou para ele.

— Mesmo.

Remus apertou aquele papel com força, garantindo que seu nervosismo não fizesse o seu número sair voando.

— Então eu te ligo...

— Eu vou ficar esperando...

Ele saiu andando de costas, trombou em pelo menos três gôndolas e tropeçou no tapete da porta, mas não tirou o sorriso do rosto. Você balançou a cabeça rindo, e ele saiu correndo pela porta.

Remus levantou o papel gritando para os amigos, os três gritaram de volta também, estavam empolgados pelo amigo. Sirius, James e Peter levantaram Remus e ficaram comemorando com energia como se o garoto tivesse vencido o torneio tribruxo sozinho.


IᗰᗩGIᘉᕮS ᕼᗩᖇᖇY ᑭOTTᕮᖇ ⁽ˡᶦᵛʳᵒ ²⁾Onde histórias criam vida. Descubra agora