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PRECIOSA LEBLANCNaquela mesma noite

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PRECIOSA LEBLANC
Naquela mesma noite.

Eu não estava conseguindo dormir. Essa noite foi bastante estranha para mim, ver Kiraz tão próxima do Guillermo, mesmo que por algumas horas me deixou intrigada com alguma coisa que não conseguia decifrar.

Guillermo não tinha cara de quem machucaria uma criança, porém eu tinha motivos para querer ele distante da minha filha.

De mim.

Não estava pronta para ter um homem em minha vida. Independente de tudo, toda decisão não cabia somente a mim, agora eu tinha que pensar em Kiraz e no bem estar dela. Eu tinha que tomar cuidado com quem eu deixava se aproximar de nós duas porque qualquer erro séria culpa minha.

E eu não posso falhar. Não posso falhar como mãe. Isso me fez pensar na Amber, ela sempre quis ser mãe, mas o medo de perder a sua carreira de modelo por causa disso a assustava.

Amber tinha inúmeros sonhos, mas passava por todos eles para deixar a sua mãe feliz.

― Sinto saudades de você, Amber. ― sussurro baixinho ao abraçar os meus joelhos. ― Espero que você um dia possa me perdoar por esconder a verdade.

Contar a verdade foi uma luta para mim. Isso não significava que eu não confiava na Amber, não era isso, eu confio nela de olhos fechados, mas o problema maior era a vergonha e a culpa que eu sentia.

Eu senti tanta culpa por ter engravidado que não podia contar isso para minha amiga que era tão perfeita. Não sabia como ela iria reagir e foi isso que me assustou: A sua reação.

Eu tive medo dela me julgar e não entender o meu lado, foi por isso que eu optei por esconder a gravidez e ir embora da Espanha. Depois desses cinco anos, eu não reencontrei Amber em nenhum momento, eu ainda não estava pronta para ela descobrir sobre a minha filha, mas Kiraz sempre soube que existe uma amiga que a amaria muito.

Pelo menos eu esperava isso.

Solto o ar lentamente e levanto minhas mãos, levando ao rosto e limpando as lágrimas solitárias que insistiram em cair de forma veloz antes que eu pudesse controlar, desço meus pés da cama calçando meu chinelo. Me levanto da cama, caminho até o cabide e pego meu robe usando a peça, em seguida ando pelo meu quarto indo até o closet.

Paro no outro lado do balcão que ficava localizado no meio e abro uma das várias portas de vidro que havia nele. Diante as lágrimas que molhava meu rosto, notei uma caixa vermelha, abri um sorriso triste e a peguei. Voltei a fechar a porta de vidro e escorei minhas costas no balcão assim que me sentei no chão.

DESCOBRINDO O AMOR ― GUILLERMO VARELAOnde histórias criam vida. Descubra agora