Prólogo

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PRECIOSA LEBLANC 5 anos atrás

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PRECIOSA LEBLANC
5 anos atrás.

A vida era uma caixinha de surpresas e todo mundo sabia disso. Sabia que tudo tinha um determinado tempo para acontecer e sabia que às vezes as coisas não aconteciam da forma que queríamos.

Afinal, os planos de Deus eram diferentes dos nossos.

E nesse momento eu estava vivendo isso. Eu não queria esse bebê que estava crescendo dentro de mim há exatamente um mês, eu não queria ser mãe.

Eu não queria, mas agora o quê eu poderia fazer?

A culpa é toda minha. Eu sou a única culpada por isso e agora me encontro em um beco sem saída, onde eu estou sozinha e sem ajuda de ninguém.

— Não era pra ser assim, não era. — sussurro entre as lágrimas, encolho minhas pernas na cama e abraço as mesma. — Por que isso teve que acontecer comigo? O quê eu fiz de errado, Deus? ― me questionei.

Eu não sabia porque Deus me castigava tanto assim. Se Ele amava seus filhos, porque causava a dor neles? Eu não conseguia compreender, tinha coisas que eu não entendia sobre a vida que Deus criou.

E a dor era uma delas.

Se Deus quer ver seus filhos felizes, a dor não deveria existir, certo? Certo, mas nesse momento Ele está falhando comigo porque eu me sentia a pessoa mais suja do mundo. Mas era uma sujeira que não iria sair com água porque ela era na alma.

Minha alma estava suja.

Algo de mim foi tirado. A vontade de viver.

— Me leva pra casa. Eu quero voltar.— cantarolei baixinho e em seguida me deitei no colchão macio da cama. — Não quero sentir mais dor, não quero essa criança. ― murmuro enquanto olhava para a estátua imagem de Jesus em cima da cômoda da cama. — Por favor, Deus. — supliquei.

Fecho meus olhos quando sinto eles se enchendo de lágrimas rapidamente e sinto elas descendo pela a lateral do meu rosto até chegar no meu ouvido. Levo minhas mãos para meu corpo e abraço o mesmo com certa força.

E ali, iniciei uma oração mentalmente a Deus. Pedi para que tudo isso passasse e Ele colocasse uma luz na minha vida. Eu precisava resolver esse conflito que foi iniciado sem a minha permissão.

Eu precisava... eu precisava me curar.

Sinto mãos pousando em minha cintura e me abraçando por trás enquanto uma cabeça é deitada em meu ombro. Pelo forte cheiro de perfume consigo perfeitamente saber quem é que entrou em meu quarto sem bater.

— Augusta falou que você passou o dia trancada nesse quarto e resolvi vim visitar a minha melhor amiga. ― ela sussurrou enquanto me apertava mais forte no abraço. — Não chora Pipi, odeio te ver assim. ― sussurrou.

— Tá doendo demais e eu não sei o quê fazer para resolver tudo isso. — digo diante o choro.

— Pi, você nunca deixou nenhum término de namoro te abalar tanto assim como está deixando esse. — Amber comentou e eu respirei fundo. — Quer me falar o que se passa na sua cabecinha?

DESCOBRINDO O AMOR ― GUILLERMO VARELAOnde histórias criam vida. Descubra agora