0.3

272 40 12
                                    

PRECIOSA LEBLANC

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

PRECIOSA LEBLANC

Entro no banheiro com certa rapidez e tranco a porta. Encosto minhas costas naquela porta de madeira e deslizo lentamente por ela, até finalmente chegar no chão sentindo o piso gelado.

Tá tudo bem, Preciosa.

Você é forte. Você pode passar por isso.

Você é...

Fraca.

Quem eu queria enganar? Eu não era nada forte, eu não passava de uma menininha assustada com tudo e todos.

Principalmente com homens.

Minhas mãos estavam trêmula. Eu estava desesperada e minha respiração estava ofegante.

Por favor, crise agora não.

— Não, agora não! — digo desesperada.

Junto minhas pernas uma na outra à altura do meu corpo, logo passo meus braços sobre elas abraçando as mesmas, deitando minha cabeça sobre os joelhos. Já sentindo meus olhos marejando e rapidamente as lágrimas caem pelo meu rosto.

Eu não acredito que eu estava chorando trancada em um banheiro na casa de um desconhecido. Qual foi, Preciosa? Você já foi melhor nisso.

Por favor, se recomponha. Lembre-se que você tem uma filha lá na sala e ela não merece te ver assim.

— Kiraz! ― sussurrei e em seguida arregalei os olhos. — Não posso deixar minha filha sozinha com aquele homem. — rapidamente me levanto do chão, corro em direção a pia, abro a torneira observando a água caindo, junto minhas mãos uma na outra e pego uma boa quantidade do líquido jogando em meu rosto. Em seguida volto a fechar a torneira e corro novamente até a porta abrindo a mesma de uma vez.

Pisco os olhos quando encontrei com Guillermo parado na minha frente e com sua mão fechada em formato de soco enquanto seu braço estava esticado. Ele estava prestes a bater na porta.

— Ah, oi! Eu vim te chamar, você estava demorando demais. — Guillermo sorriu ao abaixar seu braço. — Você estava chorando? Tá tudo bem? — perguntou preocupado. ― Se quiser conversar, eu sou um bom ouvinte.

— Kiraz, cadê a minha filha? O quê você fez com ela? — perguntei rígida ao ignorar seu falatório, ele apenas piscou os olhos surpreso. — Eu quero saber da minha menina, porque não estou ouvindo a televisão ligada? — questiono e antes que ele me falasse algo, passo por ele esbarrando em seu ombro e faço o percurso de volta a sala.

— Preciosa, o quê aconteceu? — a voz de Varela ecoou atrás de mim. ― Por favor, poderia se acalmar e me explicar o quê aconteceu? ― escutei ele perguntando.

Ignoro sua fala adentrando no cômodo, olho assustada por todo espaço procurando minha filha. Sinto meu coração errar as batidas quando não encontro-a.

DESCOBRINDO O AMOR ― GUILLERMO VARELAOnde histórias criam vida. Descubra agora