Capítulo 8

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Estou em uma sala pequena e com paredes brancas, isso está me deixando tonta. A outra garota escolhida está aqui comigo. Nessa sala há apenas o banco onde eu e ela estamos sentadas, a porta está apenas encostada. Ainda estamos com as mãos amarradas, ouço pessoas se aproximando da sala:

— Então garotas, queria apresentar a vocês minha secretária, o nome dela é... — Diz Lianna, mas eu a interrompo.

— Kelly! — Respondo com raiva.

— Ah é mesmo. Ela que estava no seu acamamento, não é?! — Fala Lianna.

— Nós viemos comunicar a vocês uma coisa muito importante. — Diz Kelly, com uma voz debochada.

— Viemos dizer, que as buscas com a polícia foram encerradas ontem. Meus homens me comunicaram que eles vasculharam a floresta toda e, quando alguns policiais encontraram nosso pequeno vilarejo, os recebi muito bem. Convidei-os para entrar e conhecer aqui. Apresentei minhas ajudantes, que disseram que estão aqui de livre e espontânea vontade. Depois do chá que tomei com os policias eles foram embora. — Diz Lianna, se acabando de tanto rir.

— Você é um monstro Lianna. Por que tudo isso? Para saber quais experimentos darão certo no bebê para aplicar em você depois? É isso o que quer? — Pergunto, mesmo já sabendo a resposta.

Ela apenas ri e sai da sala com Kelly. Não sei que horas são agora, mas acho que deve estar de noite já, Lianna selecionou nós duas hoje pela manhã e já faz um bom tempo que estamos aqui sentadas e esperando algo que nem sabemos o que é.

Duas moças entram na sala e nos pegam pelo braço. Nós andamos por um corredor imenso até chegarmos em uma sala enorme, onde há vários aparelhos médicos e vários tubos de experimentos. As moças nos levam para um banheiro que há aqui. Tudo nessa sala é bonito, mesmo tudo sendo branco e azul como todas as outras salas. Elas desamarram nossas mãos e nos dão dois vestidos brancos e bem largos.

— Vistam esses vestidos e depois venham para a sala de experimentos. Sejam rápidas. — Diz elas, saindo do banheiro onde estamos.

A garota que está comigo não para de chorar.

— Se acalme. — Digo, tentando deixá-la mais tranquila, mas nem eu estou tranquila para fazer isso.

Depois que nos vestimos saímos do banheiro e vamos até as moças, que estão paradas ao lado de duas macas.

— Deitem-se. — Manda elas.

Após estarmos deitadas na maca, que é grande e bem gelada, elas começam a ligar os aparelhos médicos em nossos corpos.

Depois de um tempo que os aparelhos estão ligados ao nosso corpo as moças se retiram da sala e, então entram duas moças diferentes.

— Olá, nós somos as cientistas que vão cuidar de vocês nas próximas semanas. Fiquem tranquilas e relaxadas, tudo dará certo. — Dizem elas.

— Por que todas as pessoas aqui usam branco? — Pergunta a menina que está deitada na maca ao lado da minha.

— Lianna Shedwen acredita que para fazermos qualquer coisa, precisamos de uma folha em branco, pois o branco representa um novo começo. — Diz uma das cientistas.

— O azul representa inteligência. Para tudo que fomos fazer precisamos de um começo e precisamos da inteligência. Duas cores magníficas, que nos diz muitas coisas. Como ter o Começo e a Inteligência trabalhando juntos. — Diz a outra cientista.

— Bom, por hoje vocês já tiveram experiências de mais. Iremos aplicar em vocês uma dose de calmante, para que vocês tenham uma linda noite de sono e amanhã começaremos a aplicar nossos experimentos. — Diz elas trazendo uma seringa em suas mãos.

Uma das moças se aproxima de mim e a outra se aproxima da garota ao meu lado. De leve ela aplica o líquido transparente da seringa em meu braço.

De repente não consigo mais ver as coisas direito, tudo fica emaçado, apenas vejo as duas moças saindo da sala e fechando a porta e depois caio no sono.

SofiaOnde histórias criam vida. Descubra agora