E se o nosso romance tocasse num rádio
E se o noticiário falasse de nós
E se o resto da vida estivesse a um passo daqui?
E se hoje pudesse ser quando eu te encontro
O começo de tudo
Alice viveu os melhores momentos que alguém podia, mas o inevitável...
"Till I let go of this moment Something holdin' me to this place I've breakin', all this fakin' I'm just lyin' to your face And I can't tell you how it feels
Can you tell me just one thing Can you give me a reason to say? 'Cause the feelings I'mharborin' don't seem to See the light of day"
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Alice
²³ ᵈᵉ ᵃᵇʳⁱˡ ᵈᵉ ²⁰¹⁷ ²³ ᵉ ⁴⁸ ᵈᵃ ⁿᵒⁱᵗᵉ
Após incontáveis treinos intensos e uma dedicação incansável de todo o time, finalmente alcançamos a vitória na Superliga daquele ano. A sensação de triunfo é indescritível, e o resultado de meses de trabalho árduo, sacrifícios e uma determinação inabalável.
Mas ao olhar para a medalha dourada pendurada no meu pescoço, uma mistura de emoções invade meu ser. Por um lado, há um sentimento de realização e orgulho por ter alcançado a vitória. Uma parte de mim se sente triste do que vem depois.
Mas sim, por deixar para trás a pessoa que me mostrou um amor tranquilo, porém intenso, é uma das decisões mais difíceis que já tive que tomar. Sei que não posso arrastá-la para o caos que habita minha mente, nem expô-la aos labirintos confusos que às vezes até eu tenho dificuldade em navegar nos meus dias bons, imagine nos piores.
Carol merece muito melhor, e eu sei que não posso estar com ela enquanto luto contra esses vícios que ressurgem quando estou prestes a superá-los.
Eu não posso deixar ela conhecer meu lado ruim, tenho medo dela nunca mais olhar pra mim com aquele brilho no olhar, com aquele sorriso que me apaixonei, que me tira do fundo do poço toda vez, mesmo quando estou sorrindo por fora.
Ela me marcou como uma tatuagem dourada, uma marca que para sempre estará gravada em mim.
E naquele quarto de hotel, eu minto, e naquele quarto eu quebro o coração de uma pessoa maravilhosa, mas era preciso. Será que era?
Eu não podia deixar ele me conhecer o suficiente pra me odiar pelos motivos certos, precisava contar mentiras, precisava me tornar uma pessoa que odeio. Ainda bem que eu era muito boa em contar mentiras para os outros e pra mim mesma.
"A gente ganhou – exclama Carolina com um largo sorriso nos lábios saindo do banho, vestindo um moletom meu.
O seu perfume marcante me envolve e embriaga mais do que as bebidas mais fortes. Ela era um vício do qual eu tinha um prazer culpado, e que prazer era esse.
