Alerta Gatilho: O Louis irá fazer uma breve menção a uma cena de abuso neste capítulo. Para aqueles que não se sentirem confortáveis em ler, por favor pulem para 🌷
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— Me diz o que aconteceu. — Harry pediu num sussurro assim que viu Louis se acalmar.
— Ele me segurou e começou dizer coisas... — Mostrou os pulsos extremamente vermelhos e até roxos em algumas regiões.
Louis estava um trapo. Fios da sua franja grudando no rosto pelas lágrimas secas e rosto inchado. Ele não sabia o porquê disso acontecer quando está finalmente se sentindo bem. Quando começa acreditar em tudo o que ocorreu em sua vida como uma história, as coisas parecem mais fáceis. Mas então alguém destrói isso da pior forma e Tomlinson se odeia por nunca saber reagir.
Era tão fraco. Se sentia machucado, não fisicamente. Sua mente voltava a assombrá-lo e sua alma doía.
Porém, foi quando suas lágrimas voltavam que Harry segurou suas mãos e beijou cada machucado. Tomlinson respirou fundo tentando não pensar nas coisas.
— O que ele te disse? — Questionou.
— Não importa. — Negou, afastando os braços do homem.
— Importa, Louis. Importa sim! Ele te machucou e não há nada que eu possa fazer a respeito. — Indignação na voz.
— Não importa, sabe por quê? — Fungou. — Porque eu te avisei que ele não gostava de mim, eu te disse isso, Harry, mas você está sempre no seu mundinho perfeito e não se importa com mais nada e ninguém. — Mordeu o lábio com força. — Não importa o que ele disse porque ele me segurou como se eu não tivesse escolha, ele me deixou sem saída. Ele me fez reviver o momento mais assustador da minha vida... — Harry abriu a boca, finalmente entendendo o que Louis queria dizer com aquilo. — Então, não, a merda que ele disse não importa.
— Louis... — Lágrimas grossas pingavam de seus olhos. — Você...
— Sim, Harry. — Ele não tinha mais lágrimas para chorar. — Meu próprio padrasto fez isso comigo, e sabe o pior de tudo isso? — O outro negou totalmente inerte. — É que todo mundo o ama, enquanto eu saí como o culpado. Minha mãe olhou nos meus olhos e disse que eu o provocava e que ele nunca seria capaz de uma coisa dessas. — Engoliu o choro sentindo raiva de si mesmo. — Eu tinha só quinze anos. Por que ele fez isso? Por que minha mãe preferiu me ver fugir de casa e fingir que nada de errado acontecia? Por quê? — Sua voz estava quebrada.
— Eu sinto muito. Sinto tanto. — Limpou as próprias lágrimas. — Me desculpa.
— Eu não estou te culpando por nada, Harry. — Respirou fundo, ficando de pé com dificuldade.
Harry parou em sua frente, mas não moveu nenhum músculo. Ele não queria agir como um idiota e abraçar o menino sem que ele pedisse. Tinha medo de fazer o outro se sentir sem saída. Mas Louis pareceu entender, pois abraçou Harry com força, e mesmo que pensasse não ter mais forças para chorar, lá estavam seus ombros tremendo.
— Havia algo que eu poderia ter dito para fazer o seu coração bater melhor? Se ao menos eu te conhecesse teria lidado com o problema. — Disse no pescoço do menino.
— Não há nada que possa ser dito ou feito que vá mudar isso. — Fungou e saiu do abraço. — Eu vou ligar para o Niall e pedir que ele venha me pegar, eu... eu preciso ficar longe de tudo isso por um tempo.
— Um tempo, quanto?
— Eu não sei, mas por favor, não me procure. Eu preciso organizar minha mente. — Saiu, deixando um Harry abalado.
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Fake Flowers, People Too | L.S (Bottom Louis)
Fanfiction[CONCLUÍDA] Encontrá-lo talvez tenha sido o pico para maiores problemas, ele não era apenas um vendedor de flores ambulante. Louis tinha cicatrizes que nunca poderiam sarar, estavam em seu corpo, em sua cabeça, enterradas em sua carne e em seus osso...