Louis tinha Lou finalizando seu cabelo quando viu Harry sair do quarto. Ele usava terno como de costume, mas agora ele tinha um topete também. O homem encarou Tomlinson, arqueando as sobrancelhas em sua direção, como se perguntasse o que ele queria.
Louis apenas desviou o olhar e bufou, imaginando o que teria que aguentar naquele lugar cheio de pessoas mesquinhas. Ele soube que seria pior do que imaginou quando teve pelo menos meia hora de uma breve aula de etiqueta com um homem estranho com um sotaque francês. Tomlinson disse que não iria agir de tal forma, pois aquele não era ele, mas Harry deixou bem claro que não tinha escolha.
Ele aprendeu que não deve falar até que alguém com maior poder venha até si. Foi bem reforçado que mesmo que haja mesas fartas de comida, não deve nem tocar. O homem certificou-se de fixar na cabeça de Louis que em hipótese alguma poderia falar sobre a vida que tinha ou de onde vinha, e se alguém tocasse no assunto, Harry quem tomaria as rédeas.
E tudo isso acontecia no apartamento de Styles. Louis sabia que ele era muito rico, mas não imaginava o quanto. O apartamento era melhor que tudo que Tomlinson já havia visto, era grande e bem decorado.
E claro que ele apareceu na porta de Harry com o cachorro aos seus pés. O homem sentiu vontade de chorar, pois sabia que nada que dissesse mudaria a cabeça de Louis. O cachorro era o cachorro. De qualquer forma, Lou Teasdale se ofereceu para ficar com o animal, alegando que assim que o evento chegasse ao fim, o traria de volta. Louis ficou um pouco na defensiva no começo, mas acabou cedendo. Ela parecia ser uma boa pessoa.
— Eu estou ridículo. — Concluiu quando viu o próprio reflexo no espelho da grande sala.
— Não está não. Você está elegante, é diferente. — A mulher falou sorrindo.
Louis tinha que admitir que o seu cabelo nunca esteve tão bonito. Geralmente, ele é oleoso e bagunçado. Mas agora, ele estava com movimento e ainda mais brilhoso, ele gostava daquilo. O caso do terno é que ele nunca usou aquele tipo de roupa antes, a calça estava apertada em sua bunda e em sua humilde opinião, se parecia com um pastor.
— Obrigado. — Devolveu o sorriso.
— Ok, sem mais enrolação. — Harry interrompeu sem paciência. — Todo mundo pra fora da minha casa. — Se referia a Louis, Niall e Lou.
Eles se despediram no estacionamento. Mas é importante dizer que Louis quase não deixou o cachorro ir, nunca havia ficado longe dele por muito tempo e ainda mais aos cuidados de outra pessoa. Mas quando Styles o chamou irritado, ele teve que ir.
O caminho foi um total silêncio. Harry prestava atenção na rua enquanto dirigia e Louis apenas olhava por onde passavam, enquanto tinha a testa pressionada contra o vidro do carro. Ele parecia uma criança descobrindo as coisas simples da vida apenas por estar num carro como aquele, em bairros que nem cogitaria pisar.
Mas o silêncio foi cortado em um certo momento, quando o celular de Harry tocou e ele atendeu rapidamente.
— Oi, amor. — Tomlinson agora olhava para ele, ouvindo a conversa descaradamente. — Não, eu te disse que ia para um evento com um dos modelos. — Viu o homem franzir o cenho. — Óbvio que não, Stanley. Olha o que você tá falando. — Indignação na voz. — Por Deus! Eu te ligo quando chegar em casa. — Desligou o aparelho com certa força.
— Sabia que é perigoso falar no celular enquanto dirige?
— Você deve entender muito do assunto mesmo. — Bufou, passando uma mão no rosto.
— Era o seu namorado?
— Sim.
— E vocês brigaram? — A curiosidade falou mais alto.
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Fake Flowers, People Too | L.S (Bottom Louis)
Hayran Kurgu[CONCLUÍDA] Encontrá-lo talvez tenha sido o pico para maiores problemas, ele não era apenas um vendedor de flores ambulante. Louis tinha cicatrizes que nunca poderiam sarar, estavam em seu corpo, em sua cabeça, enterradas em sua carne e em seus osso...