Fake Flowers, People Too | L.S (Bottom Louis)

1.3 🌷

Harry estava confuso e perdido. Desde que voltaram da viagem Louis nem olha em sua cara. Ok, Styles admite que foi um escroto em jogar tudo aquilo em cima do menino, mas ele acha seriamente que Louis está pegando pesado.

Tomlinson só saía do quarto para levar o cachorro passear pelo condomínio, para as aulas e comer. Às vezes até pulando alguma refeição. Estava furioso demais com Harry e tinha certeza que se ele lhe dirigisse a palavra não se responsabilizaria pelos próprios atos.

De qualquer forma, estava feliz porque estava indo bem nas aulas e a professora era muito paciente. Louis aos poucos conseguia ler um texto, ainda que errando palavras ou confundindo sílabas. Mas ele estava indo bem e sentia orgulho de si mesmo. Porém, queria mostrar para alguém além da professora o que tinha aprendido a cada aula, mas só tinha Harry e ele não era uma opção. Então optava pelo Cachorro.

Mas ele precisou falar com o homem algumas vezes quando se tratava de trabalho. Tomlinson ouviu numa sala com Zayn, Joseph, Harry e Niall um homem e uma mulher explicando sobre o relacionamento deles que não era real, mas que se fossem perguntados deveriam confirmar. Louis achou essa ideia a coisa mais estúpida e sem noção do mundo. Primeiro porque era um péssimo mentiroso e segundo pelo simples fato de não estar namorando o moreno. E Malik parecia feliz demais para alguém que acaba de ser colocado num relacionamento-não-real.

E teve outra vez naquele mês que se passou depois da viagem, quando Louis saiu do quarto para comer algo de madrugada e pôde ouvir Harry no quarto com alguém. Alguém não, Tomlinson tinha certeza que era Stanley. E estava certo, pois no outro dia quando desceu para a aula o homem estava lá sorrindo.

Naquele dia, a tarde, quando o namorado de Harry foi embora, Louis criou coragem de finalmente falar com o mesmo depois de um mês.

— Eu vou me mudar. — Soltou de uma vez quando chegou na sala e Harry estava distraído com a televisão.

— Como?! — Riu, como se realmente tivesse alguma graça.

— Você não é surdo. Eu disse que vou me mudar daqui.

— Louis, para com isso. — Ficou de pé, chegando até o menino, mas ele se afastou.

— Não me toque, por favor. — Revirou os olhos.

Louis agora sabia que foi muito ingênuo ao beijar Harry e ter tido até algo mais... Talvez estivesse confundindo as coisas. Não só ele, Styles também. Louis teve uma vida isolada longe de qualquer carinho ou afeição e quando teve o mínimo disso mergulhou de cabeça como se dependesse daquilo.

— Ok. Por quê? — Colocou as mãos na cintura.

— Eu não te devo satisfação, obviamente. Mas vamos lá: eu tenho vinte anos e quero morar sozinho. Quer mais alguma explicação? — Arqueou as sobrancelhas e Harry automaticamente cruzou os braços.

— Sim. — Disse. — Como vai manter contato comigo e com a empresa?

— Isso se chama celular. — Tirou o aparelho do bolso, levando Harry a arregalar os olhos.

— Tem obra de Niall nisso aí, não é? — Perguntou indignado.

— Sim, inclusive foi ele que me ajudou a encontrar um apartamento que eu possa pagar e me manter. — Sorriu.

— Eu não acredito. — Riu de nervoso. — Depois de tudo isso você vai me abandonar?

— Depois de tudo o que, Harry? Eu tenho muita gratidão por você e por ter me ajudado, mas eu não vou viver pra sempre debaixo do seu teto com uma pessoa que nem gosta de mim.

— Você está dizendo que eu não gosto de você, é isso? — Indagou debochadamente.

— Eu estou falando do Stanley. — Fechou os olhos e suspirou. — Você não é idiota a esse ponto.