Looking for a family

Capítulo quatro

—Tudo aqui? Garrafinha de água, protetor solar, malas, seu ursinho....

—Sim, pai! E não é um ursinho, é um coelho!

—Okay, okay o coelho da funtom, aprendi. Vamos então!

Naquele sábado quente Ciel preparava suas coisas dentro do carro para fazer sua visita mensal a seus pais, pegando tudo que fosse necessário para Damien e ele. A viagem demorava cerca de três horas, sendo um caminho tranquilo até a outra cidade, o garotinho tinha corrido de um lado para o outro a manhã inteira desde que soube que veria Rachel e Vincent, falando sobre quanto tempo não os via, fazendo Ciel lembrar de sua mãe reclamando da mesma coisa. Agora ele ajeitava a cadeirinha do menor o banco de trás que segurava o coelhinho da funtom obstinado, o mesmo tinha vindo da ruiva quando ele era mais novo e desde então sempre que iam sair ele o levava consigo. Adentrou no carro no banco do motorista e deu partida, ligando o rádio para animar o caminho, seus olhos bicolores focavam nas ruas e as vezes no garotinho atrás de si, quase dormindo porém lutando contra isto.

—Quando Luka 'tiver melhor, ele vem com a gente?

—Claro, estou devendo ao Alois uma ida lá de toda forma. —Questionou ao parar no sinal vermelho, ouvindo a barriga alheia roncar o fazendo rir baixo. —Sabia, você não tomou café direito, tem biscoitos nessa necessarie do lado, precisa comer mocinho, assim você não cresce.

—Mas pai faz tempo que não vemos a vó e o vô!

O maior ri baixo com a situação, ele podia ver claramente Rachel ali dizendo a mesma coisa em tom de agitação, falando sobre a demora que parecia sem fim. Voltou sua concentração para as ruas assim que Damien pegou a necessaire e retirou seu biscoito favorito junto de uma garrafinha de suco, seguiu tranquilo até a casa dos Phantomhive, vez ou outra olhando para trás, acompanhou quando o garotinho dormiu após comer e teve pena de o acordar quando chegaram, tinham saído cedo demais para que ele pudesse aproveitar o dia como sempre pedia. Eram exatas nove horas quando ele estacionou em frente a casa dos pais, o ambiente aconchegante dando boas vindas no formato de uma casa com primeiro andar e um vasto quintal, ele avisou a ruiva que havia chegado e voltou a ligar o carro assim que a porta da carnagem correu para a direita, dando espaço para que pudesse entrar e estacionar.

—Achei que não fosse chegar hoje. —A voz suave e animada de sua mãe ecoou, ele riu baixo da forma como ela se encontrava. Totalmente arrumada, cabelos soltos e usando um vestido florido até seus joelhos, parecia ter acordado horas antes para os receber. —Cadê meu menino?

Ela se aproxima do veículo indo em direção a Damien que já estava acordado, logo pulando nos braços da avó para receber abraços calorosos e mimos.

—Eu 'tô bem também, obrigado por perguntar. —O mais novo sorriu sarcástico para a genitora, fazendo ela rir alto junto de seu menino. Ele abre a porta de trás e pega a mochila com as coisa do garotinho e a sua.

—Seu pai é ciumento. —Ela diz entre risadas, colocando o menino no chão e seguindo com os dois para dentro, ouvindo atentamente as coisas que seu neto dizia ainda sonolento.

—Alois disse que ele 'tá ficando caduco vó!

—Oe! Eu já mandei parar com essa história de caduco. —Ciel repreende divertido, ouvindo os dois rirem ainda mais alto da situação, até seu filho fazia chacota dele, talvez tivesse perdido a moral com o passar dos anos, culpava a má influência do Trancy, sempre ensinando o menor coisas que não deveria para o tirar de eixo mais rápido.

Ele ajeita as bolsas no ombro a medida que entravam e num momento sentiu o cheiro de comida invadir suas narinas, fechando seus olhos por um tempo para apreciar. Rachel os guiou para a cozinha onde Vincent se encontrava de avental em frente o fogão, concentrado na música que sua caixinha de som tocava e no que mexia nas panelas.