17. O Cinema

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Referência musical de "Cinema", do Harry, neste capítulo.

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— Sabe, eu sempre fantasiei sobre fazer isso... Desde a primeira vez em que te vi andar de costas para mim. É que, meu bem... Você tem o movimento. É você. E eu não vou superar isso... Meu bem, tudo bem, se eu for teimoso quando se trata disso?

Louis está apontando uma filmadora cinematográfica para Harry; este de costas para ele, de pé sobre a cama, cobrindo o próprio corpo vagamente com um cardigã vermelho escuro. Ele olha por cima do ombro, na direção da luz vermelha acesa na filmadora que Louis maneja, e sorri discreto.
Louis está livre de roupas, despenteado e suado. Eles acabaram de transar e isso está visível.

— Vai criticar isso, Mr. Tomlinson? — Harry ri, balançando propositalmente os quadris de um lado para o outro. Louis respira fundo, concentrado em sua gravação.

— Acho que estamos na hora... Se você está ficando molhado por mim. — Louis sorri, mordiscando o lábio diante da visão que tem na tela da gravadora. Ele dá um zoom no volume que as nádegas de Harry fazem no tecido sedoso do cardigã. — Eu acho que você é todo meu, hum? Quando está dormindo nessa cama comigo...

Harry sorri. Ele encurva as costas, de modo com que as nádegas causem um pulo no tecido do cardigã. Ele está dançando provocantemente para Louis, com o foco em balançar seus quadris. Sempre de costas.

— Eu curto o seu movimento, babe... — Louis se aproxima um pouco mais, agora com os passos, mas sem desviar a atenção da gravação. Ele tenta gravar por baixo do sobretudo de Harry, mas Styles ri e se afasta com passos para frente. — Eu estou muito afim de você.

— Ah, Sr. Tomlinson... Então esse é o roteiro que você imaginou? Como você é descarado, querendo fazer um filme por baixo da minha roupa. — Harry se vira de frente, ele se senta com uma perna esticada e a outra dobrada; na direção da filmadora. O cardigã cobre o meio das pernas dele e parcialmente uma das coxas. Ele dá um sorrisinho convidativo a Louis. — Você já me fodeu hoje, seu safado. Bem aqui. Na nossa cama. Quis esperar para gravar o seu filminho depois de me foder só porque eu estou molhado e suado, não é? Por isso você quer gravar em baixo do meu cardigã. Que coisa feia...

— Me diga o que você quer e você terá, amor. — Louis estica um dos braços para puxar uma das pernas de Harry; que ri e fecha as coxas, impedindo-o de gravar o que há entre elas. — Quero tudo de você, me dê tudo o que você tem. O seu movimento...

— O que há com o meu movimento, hum? É só por que eu faço assim? — Styles se vira outra vez, agora, se pondo de quatro. Coxas bem abertas, braços bem estendidos; ele olha para Louis por cima do ombro e balança os quadris num movimento lento, porém constante, de um lado para o outro. — É esse o movimento, Sr. Tomlinson?
Louis descaradamente joga o cardigã dele para um dos lados, longe do que cobria, antes de manejar a filmadora novamente com ambas as mãos.

— É você. Não sei por que, mas parece tão certo pra mim.
— O que parece certo, hum? — Harry inclina mais as costas ao perguntar. Ele sorri. Está se divertindo com o filme de Louis. Ele começa a dançar com os quadris e a cintura na direção da filmadora, resmungando ante os próprios movimentos eróticos.
— Algo no jeito em que você se move... Eu gosto quando você dança para mim.

— O que mais, Sr. Tomlinson? Diz pra mim. — O pedido de Styles desconcentra Louis, que ergue a cabeça, apesar de continuar gravando. Ele olha diretamente para Harry e o movimento dançante que ele faz com os quadris. Louis quase está babando.

— Você o tempo todo...
Louis fecha os olhos por alguns segundos. Ele suga os próprios lábios num suspiro profundo, sequer se dando conta de quando já está punhetando a si mesmo. Firme, constante, no mesmo ritmo em que Harry dança com a cintura.
Harry o está observando com toda a atenção que seus olhos podem impor. A visão quente o faz contrair os músculos em excitação.
— Em doses a noite... — Louis geme entre as palavras. Ele tomba a cabeça para um dos lados e continua, sem cessar qualquer uma de suas ações; a gravação, a punheta, o olhar em Harry, os gemidos.
— Sem teto na viagem, deixe o efeito passar... — Um som mais alto, porém cortado e áspero, deixa os lábios de Tomlinson. Ele escorre em sua própria mão e no chão, um ou dois jatos atingiram a cama, perto das coxas de Harry. — E vá dormir...

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