32. Coração

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[...] Salto de tempo não especificado.

— Me solta! Me deixa ir com ele! Ele não pode ficar sozinho lá dentro, coloquem os óculos nele! Coloquem os óculos nele!

Harry está sendo detido pelos seguranças do Hospital, depois que Louis é isolado num quarto e impedido de receber visitas, por alguma razão. Após uma cirurgia de risco, Harry cobriu os ouvidos para não escutar o que James tentou lhe dizer. Ele cobriu os ouvidos e começou a gritar, da mesma forma que grita agora.

Ele acidentalmente bate o cotovelo contra o rosto de um dos seguranças.

— Ele não pode ficar sozinho, ele está em recuperação! Os óculos dele! Ele precisa dos óculos!

Ele se rebate contra os seguranças, parecendo mais forte do que eles; dois homens grandes e fortes, altos, enquanto Harry aparenta estar mais magro e abatido. A força do sentimento, entretanto, o torna mais forte do que aqueles músculos que tentam para-lo.

Ele corre, conforme consegue, até o quarto hospitalar onde Louis está; bate as mãos no vidro que dá a visão para dentro, e o que vê o distancia totalmente da realidade.
Os sons reais são tomados por um zumbido.
Tudo fica em silêncio.
Ele não sente mais nada. Ele não sente quando uma agulha é enfiada em seu pescoço, sendo a única forma que encontraram de conte-lo.

Harry viu Louis sendo reanimado. E uma parada nos aparelhos responsáveis pelos batimentos cardíacos.

O que Harry viu o induziu ao desmaio bem antes daquela agulha tranquilizante ser fincada em sua pele.

Harry cai. No instante em que o coração de Louis para.

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