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  Já pararam pra pensar na vida? Como derrepende tudo pode acabar? Que agora estamos aqui mas em um piscar de olhos já não estamos mais? Eu pessoalmente nunca me sentei e fiquei pensando nisso mas ressentimente o cachorro dos meus vizinhos morreu e eles fizeram um enterro e convidaram todo o bairro (sim, um enterro pro cachorro) e chorando eles diziam que foi tão derrepende que ele estava bem de manhã e a tarde infelizmente veio a óbito, e desde então, isso já faz uma semana, não consigo tirar o assunto sobre a vida e a morte da minha cabeça... para onde vamos? Para o céu? Inferno? Lugar nenhum? Algum lugar? Reencarnação? Ou apenas morremos e tudo acaba? As pessoas que nos conheciam também vão morrer, ninguém vai lembra da gente e vai ser como se nós nunca tivecimos existido? Bom.. eu acho que-

- Yuta? - Olho para o lado assim que sinto um bolinho ser jogado em meu rosto e alguém falando meu nome - Tá pensando no que? - Olho para o lado e vejo Toge me olhando enquanto sorri, já fazia um pouco mais de uma semana desde aquele dia que nós encontramos no terraço, agora sempre íamos para lá para comer juntos, acho que somos amigos... não sei dizer, em toda a minha vida eu só tive uma amiga... mas ela teve que se mudar, nós também nos encontramos na minha casa quando ele sai do quarto do meu irmão (que depois de dois dias voltou para casa como se nada tivesse acontecido) e as vezes até assistimos filme juntos quando ainda não está tarde para ele voltar para a casa dele.

- Nada importante Inumaki - coloco minhas mãos pra frente e as sacudo lentamente, derrepende ele pega uma de minhas mãos e se aproxima de meu rosto, não lhes restão dúvidas que eu virei um pimentão né?.

- Já falei pra parar de me chamar de Inumaki, me chame de Toge - Ele sorri para mim e eu sorrio de volta acenando com a cabeça - Somos amigos a final - Ele diz se afastando e soltando minhas mãos enquanto leva um bolinho de batata até a boca.

Olho para ele piscando algumas vezes - Somos amigos..? - Agora é ele que olha para mim e também pisca.

- Não somos? - Ele inclina sua cabeça para o lado enquanto me fuzila com o olhar.

- E-eu não sei! - Ok... agora eu estava nervoso, eu não sei o que dizer!

- Bem.... eu te considero meu amigo - Ele desvia o olhar mas logo volta a olhar para mim - Você me considera seu amigo?.

- Eu... sim... sim eu considero - Sorrio timidamente para ele e ele da um sorrisão, logo ele segura minha mão e olha para mim.

- Então agora somos oficialmente amigos.

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Eu volto para casa a pé porque mesmo que meu irmão tenha voltado ele meio que tenta ao máximo não falar comigo.. e bem, nenhum de meus pais ligou para isso, as vezes vejo ele na escola cuidando dos corredores (só o corredor da sala do Toge) mas eu passo por ele como se não nos conhecêssemos.. não é como se eu me importasse de qualquer forma mesmo.

Mal chego a tocar a maçaneta da porta da frente e já escuto os gritos de minha mãe gritando com meu pai, suspiro antes de abrir a porta, e tento ir rapidamente para meu quarto.. falhando miseravelmente.

- Filho! Vem aqui rapidinho! - Escuto a voz autoritária de minha mãe e logo reviro os olhos - Preciso de sua opinião.

- O que estão fazendo aqui tão cedo? - Eu pergunto para ambos já massageando minhas têmporas - Vocês não trabalham até mais tarde?.

- Isso não vem ao caso - Minha mãe diz cruzando os braços - Eu quero te perguntar uma coisa.

- Isso é ridículo - Meu pai se pronuncia - É ridículo você querer meter ele nisso!.

- Por que? Quando era o Kenta você sempre metia ele no assunto! - Minha mãe grita cruzando os braços.

- O que tá acontecendo? - Pergunto querendo ir para meu quarto logo.

Derrepende ApaixonadoOnde histórias criam vida. Descubra agora