30 - Mentiras e Confusão

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27/06
quinta-feira

Três meses mais tarde...

Simplesmente exatos três meses passaram-se desde o glorioso dia que Choi Jisu saiu da escola! Foi uma paz, pelo menos sem ela para perturbar.

Mas aí você pergunta sobre Nayeon, e eu te digo: mudou merda nenhuma.

Nada de nada. Ela continua a mesma idiota de sempre, com os mesmos idiotas de sempre. E ainda está fazendo as mesmas idiotices.

Eu me pergunto se ela não tem responsáveis que a orientam para fazer o certo, e não o idiota. Ela deve querer atenção, porque é humilhante as atitudes dela.

Agora, a parte boa do que aconteceu nesses meses:

Shin Ryujin.

Eu descobri que a amo muito, como amiga. Nossa conexão aumentou ainda mais, estamos quase que inseparáveis.

Percebi que Ryujin progrediu bastante nesses poucos meses com a terapia. Eu, obviamente, a ajudei em tudo que foi preciso e sempre fiz questão de estar lá com ela, tanto em momentos cheios de sorrisos como também os cheios de lágrimas e uma notícia inesperada.

Lá no finalzinho de abril, recebemos, infelizmente, o diagnóstico da depressão de Ryujin. Ouvir aquilo me deu um choque tão grande, mais tão grande que eu não sei quem ficou mais abalada entre nós duas.

Eu comecei a chorar por lá mesmo, e quem teve que me acalmar foi ela. Deveria ter sido o contrário. Mas eu não sei o que deu em mim, as lágrimas resolveram cair assim que a psiquiatra disse, com todas as palavras, que Ryujin estava sofrendo de depressão há algum tempo, e que precisaria de sessões de psicoterapia e medicações.

Foi como se o meu mundo tivesse desabado, e o meu coração pior ainda.

Eu me lembro de quase ter desmaiado na hora, porém Ryujin conseguiu ser mais rápida e me ajudou a me acalmar, junto da profissional. Mas tive que sair da sala para pegar um ar fresco, e Ryujin me acompanhou, deixando minha mãe para conversar com a psiquiatra sobre o diagnóstico.

A coisa foi feia mesmo, eu pude jurar que morreria ali se não tivessem me ajudado.

Ryujin, atualmente, está fazendo todas as sessões de terapia, tudo muito certinho e tomando as medicações prescritas muito bem. Isso está contribuindo com a melhora dela, até mesmo sua psicóloga disse que ela está indo bem. Ela está tendo uma alimentação melhor, o sono está cada vez mais regulado e seu ânimo está voltando.

A minha mãe passou para mim o que a psiquiatra disse, e eu soube que o prazer de fazer coisas que alguém gosta diminui ou some quando a pessoa adquire depressão. E no caso de Ryujin, sei que ela adora pinturas, desenhos e arte, no geral, mas ela mesma já me contou que não tinha mais o ânimo de antes para fazer isso. A questão é: nos últimos dias, eu a presenciei desenhando lindas rosas em um campo, talvez o desenho mais perfeito que já tenha visto na vida.

Eu explodi de felicidade na hora, porque sabia que ela estava fazendo aquilo por vontade própria. Era um bom sinal de avanço no tratamento.

Nos três meses que passaram, nós passamos todo os dias juntas, conversando a todo momento e, se já éramos bem próximas antes, nos tornamos mais ainda. A companhia dela é reconfortante e eu nunca me sinto triste quando estou com ela, ou envolvida nos seus braços quentinhos.

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